Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Setor de máquinas não vê reversão do déficit

A indústria brasileira terminou 2013 com um déficit comercial de US$ 105 bilhões, o maior da história – e o setor de máquinas e equipamentos respondeu por quase um quinto desta conta. Até outubro, esse segmento da indústria acumulava um déficit comercial de US$ 18 bilhões, nos cálculos da associação que representa suas companhias, a Abimaq. Para o acumulado de 2013, as estimativas eram de US$ 20 bilhões. Em apenas um ano, o déficit da indústria do setor no país cresceu aproximadamente 20%, e as empresas não acreditam em uma reversão dessa tendência. “A maior preocupação do nosso setor, que é a mesma da indústria da transformação, é a de que o Brasil continue com um modelo baseado no foco à exportação de commodities e na destruição da indústria”, disse ao Valor o diretor secretário da Abimaq, Carlos Pastoriza. Na indústria de bens de capital mecânicos, as empresas locais dificilmente conseguem competir com os produtos importados, principalmente da China, salvo quando há s ignificativos incentivos do governo. Nos últimos anos, a concessão de crédito mais barato para a compra de máquinas e equipamentos produzidos nacionalmente, por meio do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), tem sido fundamental para que os produtos nacionais sejam vendidos. A Abimaq estima que, caso o programe acabe, metade da indústria de máquinas no país irá desaparecer. Pode soar exagerado, mas os empresários vêm afirmando há meses o quanto o programa vem ajudando a sustentar suas vendas. Fonte: Valor Econômico.