Mecânica Nordeste 2007 gera R$ 90 milhões em negócios
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Com 300 expositores, 30% a mais do que no ano passado, e público de 18 mil visitantes, a 13ª edição da Mecânica Nordeste – Fimmepe 2007 gerou R$ 90 milhões, superando os R$ 80 milhões previstos inicialmente pelo Simmepe, que promove o evento. Realizada entre 24 e 28 de setembro, no Centro de Convenções de Pernambuco, a feira revelou o aquecimento do setor.
De acordo com o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, a Fimmepe 2007 configurou-se como um retrato das novas perspectivas que vêm se delineando para os segmentos empresariais no Estado. “Se antes a feira oferecia apenas os produtos produzidos internamente, hoje percebemos um evento que visa ao aparelhamento da nossa indústria, com a presença de fornecedores de máquinas e equipamentos periféricos, transmissores, sistemas hidráulicos, destinados ao nosso abastecimento, num reflexo da mudança de perfil no setor”, destaca.
O salto qualitativo identificado por Valença é traduzido por ele como reflexo do momento de expansão que vive o Nordeste, em conseqüência dos projetos estruturadores em implantação no Complexo Industrial e Portuário de Suape. “De olho nessa realidade, muitas indústrias de bens-de-capital vêm investindo na ampliação e modernização de seus parques fabris e aproveitaram a Feira para alcançar esse mercado em crescimento”, afirma.
Os expositores de vários Estados brasileiros, que apresentaram seus produtos e serviços, surpreenderam-se com o fluxo de pessoas registrado nos cinco dias do evento. “Um público qualificado, composto por empresários, engenheiros, técnicos e estudantes, garantiu a conquista de novos clientes e abriu oportunidades concretas de negócios futuros”, afirmou Alexandre Valença.
De acordo com André Mozetic, diretor da Greenfield Business Promotion, empresa responsável pela comercialização do evento, desde 2005 a Fimmepe já está consolidada como uma plataforma de muita qualidade para que as empresas possam mostrar suas marcas e o desempenho de seus produtos e serviços.
Fimmepe 2007 pelos expositores
Estaleiro Atlântico Sul
Uma das presenças marcantes na Fimmepe 2007 foi a do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que, este ano, esteve com um estande exclusivo no evento, numa demonstração de que o empreendimento é uma realidade em Pernambuco, onde está em fase de implantação no Complexo Industrial e Portuário de Suape. “Nossa participação se propôs a mostrar que o Estaleiro não está chegando ao Estado, ele nasceu aqui, onde vai oferecer oportunidades aos fornecedores e gerar empregos”, afirmou o gestor do departamento administrativo do EAS, Eduardo Cavalcanti. |
Eduardo Cavalcanti
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Woodbrook
A Woodbrook do Brasil, holding, cuja sede fica em São Paulo, destinada à venda de redutores e acoplamentos para indústrias, teve sua primeira participação na Mecânica Nordeste este ano. “Negociamos algo em torno de R$ 1,2 milhão. Recebemos cerca de 400 visitantes diariamente, todos direcionados para o segmento”, avalia o gerente de marketing, Ernani Araújo. Ainda segundo ele, outro ponto relevante foi o contato com o Estaleiro Atlântico Sul. “Agendei uma reunião com executivos do EAS em São Paulo durante a feira”. |
Ernani Araújo
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Atlas Máquinas
Pela primeira vez expondo na Mecânica Nordeste, a empresa paulista Atlas Máquinas teve suas expectativas superadas. “No primeiro dia de evento, praticamente já havíamos vendido três equipamentos”, disse a gerente de vendas da Atlas, Priscila Maia. Segundo ela, a empresa, que tem nove anos fornecendo máquinas operatrizes para indústria, aproveita o momento de expansão do mercado nordestino, com a implantação dos projetos estruturadores no Complexo Industrial e Portuário de Suape, para expandir os negócios na região. |
Priscila Maia
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Indústrias Romi
Em praticamente dois dias de feira apenas, a Indústrias Romi, no mercado desde 1930 e tradicional participante da Mecânica Nordeste, já havia comercializado quatro máquinas. “O nosso maior objetivo no evento é o desenvolvimento de contatos para negociações futuras. Apesar disso, o movimento da feira esteve bastante consistente, com público dirigido, atendendo às nossas expectativas. Em pouco tempo de feira já havíamos vendido, vários equipamentos, algo em torno de R$ 2 milhões”, informou o gerente regional da unidade da Romi no Nordeste, Ronaldo Borin. |
Ronaldo Borin
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DEB’MAQ
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Edson Marinho
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Merax
Para o gerente de Vendas da Merax, máquinas e equipamentos, de Piracicaba (SP), o movimento da Mecânica Nordeste este ano superou as expectativas. “Em apenas dois dias de feira, vendemos seis equipamentos. Se tivéssemos trazido mais máquinas, teríamos comercializado, porque já estamos deixando a feira com encomendas”, comemora o gerente de vendas, José Antônio Ruiz. A Merax importa e distribui máquinas e ferramentas para indústria em geral. |
José Antônio Ruiz |
PowerMaq
Expondo máquinas convencionais de comando numérico, direcionadas ao micro, pequeno e médio empresário, a empresa paulista PowerMaq vendeu sete equipamentos durante a Mecânica Nordeste 2007. “Isso não quer dizer que não possamos triplicar esse número em até 30 dias”, ressalta o gerente de vendas, Aldo Ronco. De olho no crescimento econômico do Nordeste, a empresa já reservou um espaço de 100 m² para o próximo ano. |
Aldo Ronco |
Fluidinâmica
Distribuidor exclusivo dos produtos Bosch Rexroth para as regiões de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, a Fluidinâmica esteve na Mecânica Nordeste pela terceira vez, registrando saldo positivo. “Consideramos que, este ano, houve um aumento em torno de 20% no número de visitantes, proporcional ao aumento de tamanho da feira. Realizamos bons contatos para futuros projetos”. A avaliação é do proprietário Paulo Gulde, que já garantiu participação na Mecânica 2008 com novidades. “Vamos trazer um robô para demonstração”. |
Paulo Guide |
Afiafacas
“O Nordeste vive um momento de euforia, resultante da implantação de projetos estruturadores como o estaleiro e a refinaria em Suape. Em decorrência disso, a movimentação na Mecânica Nordeste, este ano, foi surpreendente”, afirma o diretor da Afiafacas, Carlos Lopes, que já participa da feira desde 1994. “A Fimmepe é um ambiente propício para a concretização de novos relacionamentos. Recebemos, nesta edição, inclusive, um convite para participarmos de uma reunião com executivos do estaleiro com vistas a uma possível parceria”, contou Carlos Lopes. |
Carlos Lopes
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Nordson
Presente em 80 países do mundo, a Nordson, que comercializa equipamentos de cola branca e quente, pintura líquida e em pó, estreou na Mecânica Nordeste este ano. A iniciativa partiu do representante no Nordeste, Flávio Rossano, que considerou o evento uma ótima oportunidade de estreitar o relacionamento com clientes potenciais e alvos. Os equipamentos destinados ao fechamento de caixas, rotulagem e aplicação de canudos da Nordson já são consumidos pela Ambev, Coca- Cola, ASA, Bunge, entre outras. Na Mecânica, a empresa pôde ampliar sua cartela de contatos, enquanto recebeu visitantes de vários Estados, entre os quais Paraíba e Ceará. |
Flávio Rossano |
Sebastião Pontes é eleito para presidência
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Encabeçando chapa de consenso, o empresário Sebastião Pontes (Polifrio) foi conduzido à presidência do Simmepe em eleição realizada nos dias 30 e 31 de outubro, na sede do sindicato.
O processo eleitoral destinou-se à escolha dos novos membros da diretoria, conselho fiscal e delegados representantes na Fiepe, bem como seus respectivos suplentes, para o triênio 2007-2010. A posse acontecerá no dia 30 de novembro.
Sebastião Pontes assume a presidência se propondo a dar continuidade ao trabalho que já vinha desenvolvendo pela entidade no cargo de vice-presidente, ocupado por ele até então. “Vamos continuar investindo na criação de um ambiente favorável para o desenvolvimento das indústrias mecânicas, metalúrgicas e de material elétrico de Pernambuco e na participação delas no grupo de fornecedores dos projetos estruturadores de Suape”, afirma.
Conheça os integrantes da nova diretoria:
Presidente: Sebastião Pontes da Silva Filho
1o. Vice – Presidente: Alexandre José Valença Marques
1º Secretário: Breno Márcio Pereira de Albuquerque
2º Secretário: Miguel Medeiros Filho
1º. Tesoureiro: Mário Conte
2º Tesoureiro: Leonardo Amorim Marques
Suplentes de Diretoria: Antonio Ernani Rodrigues Brasil, Débora Gail Black de Carvalho Bezerra, Amaury Andrerson Dias Porto, Wadi Nicola Mansur, José Francisco Gonçález
Conselho Fiscal Efetivos: Luís Alberto Soares de Melo, Flávio Conte e Antonio Azevedo Matias da Silva
Representantes na Fiepe Efetivos: Sebastião Pontes da Silva Filho e João Sandoval da Silveira Suplentes: Alexandre José Valença Marques e Armando de Queiroz Monteiro Neto.
Baterias Moura completa 50 anos
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Fundada no Agreste de Pernambuco, na cidade de Belo Jardim, a 187 km do Recife, em 1957, época em que, no município, só existia um carro, a Baterias Moura aderiu ao ritmo evolutivo da indústria automobilística nacional e, hoje, comemora 50 anos como líder no mercado de acumuladores automotivos na América Latina. O produto da Baterias Moura equipa seis de cada 10 carros produzidos no Brasil atualmente. Volkswagen, Ford, Renault, Fiat, Daimler Chrysler e Iveco usam os acumuladores Moura como peça original de fábrica.
O fundador da empresa, o engenheiro químico Edson Mororó Moura, hoje com 76 anos, aponta a perseverança como marca registrada da Moura e faz referência à metáfora do besouro, inseto que desafia as leis da aerodinâmica e com sacrifício alcança a velocidade necessária para voar, para explicar o sucesso da empresa. “Ele não voaria se tivesse consciência da sua inadequação para a empreitada”.
As baterias de marca Moura são ainda parte integrante de projetos de estações rádio-base das operadoras Claro, Vivo, TIM, Telemar e BrasilTelecom.
Simmepe leva empresários para a Holanda
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Com o objetivo de inserir os empresários das indústrias metalúrgicas mecânicas e de material elétrico de Pernambuco no grupo de fornecedores de peças e serviços dos projetos estruturadores de Suape, o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, decidiu organizar uma missão de negócios para a Holanda. A proposta é apresentar aos industriais pernambucanos a expertise holandesa em construção naval e na fabricação de navipeças, para que eles possam aprimorar os conhecimentos na área de tecnologia e firmar parcerias que lhes dêem condições de se tornar fornecedores do Estaleiro Atlântico Sul. “Precisávamos ver o projeto do Estaleiro decolar para iniciarmos negociações com parceiros”, disse Valença.
A missão conta com o apoio da Delegação Comercial Holandesa, liderada pelo executivo Dirk Meewis, que preparou cuidadosamente o roteiro, incluindo visitas a indústrias do segmento metal-mecânico, de componentes para a indústria naval, estaleiros, feira temática e rodadas de negócios. Tudo é direcionado aos interessados em se tornarem fornecedores dos projetos estruturadores de Suape, particularmente do Estaleiro Atlântico Sul. As empresas que integram a comitiva são: Galvanisa, Arclima, T-MEC, SBN, Alphatec S/A, Oásis Industrial Service, Sulnorte e Utipec. Também marcam presença na missão representantes do Estaleiro Atlântico Sul, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Fernando Bezerra Coelho.
O programa tem a duração de uma semana. O grupo sai do Recife com destino a Rotterdam no dia 2 de novembro. Nessa primeira cidade, os empresários visitarão o Porto – o maior do mundo – o Peters Estaleiro, o Ned-Deck Marine e a Feira Europort Maritime 2007, onde serão realizadas rodadas de negócios.
A feira reúne aproximadamente 900 expositores de vários países da Europa e do mundo, e deverá receber cerca de 40 mil visitantes entre os dias 6 e 9 de novembro. Além de Rotterdam, o roteiro também inclui as cidades de Amsterdam e Haia, onde o grupo terá acesso a indústrias metal-mecânicas, de componentes para indústria naval e estaleiros. A viagem se encerra no dia 9 de novembro.
Coalizão debate novas cadeias industriais
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Representantes dos sindicatos de Pernambuco, Bahia, Ceará e Pará estiveram reunidos na sede do Simmepe, no último dia 28 de setembro, para reunião da Coalizão Empresarial do setor eletro-metal-mecânico para o Norte e Nordeste.
Os trabalhos da Coalizão foram liderados pelo presidente do movimento, que também preside o Sindicato das Indústrias Eletro-Metal-Mecânicas da Bahia (Simmeb), Alberto Cânovas. Participaram ainda, além de Alexandre Valença, do Simmepe, o diretor do sindicato do Ceará, Ricardo Barbosa, e o secretário-executivo do Pará, Carlos Auad.
O grupo debateu, entre outros assuntos, a inserção do segmento nas novas cadeias industriais que estão se instalando em Pernambuco e a recente Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que vem contribuindo para a perda de competitividade das empresas do setor. Isso vem ocorrendo em virtude das dificuldades que as empresas compradoras das micro e pequenas indústrias vêm encontrando para receber os crédito de ICMS.
Por sugestão do presidente do Simmepe, Alexandre Valença, a Coalizão vai trabalhar para viabilizar a participação das empresas do setor nas novas cadeias produtivas que estão surgindo em Pernambuco a partir do Estaleiro e da Refinaria. Valença se propôs a visitar pessoalmente os Estados mais próximos, a fim de estimular as empresas a se capacitarem para serem fornecedoras da indústria de navipeças e petroquímica.
Outro assunto abordado na reunião foi a participação dos representantes da Coalizão no Encontro Nacional da Indústria (Enai), promovido pela CNI, dias 22 e 23 de outubro. Conforme acordado na reunião, a Coalizão encaminhou, antes do evento, uma correspondência ao presidente da CNI, deputado federal Armando Monteiro Neto, solicitando atenção para questões de interesse do setor, tais como a revisão da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, desoneração tributária da produção industrial e modernização das escolas do Senai.
Durante o Enai, além de um diagnóstico sobre o estado da indústria nacional, na atual conjuntura, os empresários reunidos em Brasília discutiram temas do interesse da classe, incluindo os sugeridos pela Coalizão. Ao final do encontro, foi lançada a Carta da Indústria, com uma análise sobre os 10 principais pontos da agenda econômica brasileira. O documento lembra que o Brasil precisa criar condições para manter o atual ciclo de crescimento econômico.
NOTA | Medeiros é presidente da Anfapv
O diretor do Simmepe, Miguel Medeiros, foi eleito presidente de honra da Associação Nacional dos Fabricantes de Placas de Identificação Veicular – Anfapv. A eleição ocorreu por ocasião da criação da associação durante o 1º Encontro Nacional dos Fabricantes de Placas para Veículos, realizado no último dia 15 de setembro, em Florianópolis (SC). O evento contou com a participação de 180 fabricantes de todo o País. Medeiros é titular da empresa Mundo das Placas, uma das associadas mais antigas do Simmpe.