Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Indústrias unidas para integrar grandes projetos

O Sindicato das Indústrias Eletro-Metal-Mecânicas de Pernambuco – Simmepe, em parceria com a Federação das Indústrias – Fiepe, está elaborando um estudo com o objetivo de identificar elos entre a cadeia produtiva do setor em Pernambuco e os projetos estruturadores com perspectivas de implantação no Estado, tais como o estaleiro, a refinaria de petróleo e o pólo de poliéster.

Com isso, a entidade espera criar condições para que o maior número possível de empresas locais possam se integrar nesses empreendimentos como fornecedoras de produtos e serviços.

"Governo e setor privado precisam se informar sobre os impactos setoriais desses novos projetos, para conhecerem os efeitos sobre a economia ", afirma o Secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Simmepe, Alexandre Valença.

Entre os pontos a serem identificados, ele cita os efeitos possíveis sobre a renda adicional, sobre o volume de salários pagos e, ainda, quais os outros setores da economia que serão mais fortemente influenciados por esses projetos e quais as iniciativas de políticas serão necessárias para potencializar esses efeitos.

As estratégias para concretização do estudo foram traçadas no último dia 10 de março em reunião realizada no Simmepe com a participação do Secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Simmepe, Alexandre Valença, do presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real, e de empresários da indústria Eletro-metal-mecânica.

"Com essa iniciativa, esperamos criar novas oportunidades de negócios, mais empregos, gerando, inclusive, demandas adicionais de serviços do setor público", diz Alexandre Valença.

Na opinião do presidente, os empresários locais, sobretudo os do setor industrial, que operam em ramos que guardam sinergia com esses investimentos, poderão, por meio do estudo, obter informações que lhe permitam avaliar as novas oportunidades de negócios.

"Os benefícios alcançarão tanto as empresas que derivam da demanda pelos produtos como as que se originam dos novos insumos que serão disponibilizados por esses projetos", enfatiza o presidente do Simmepe.

O estudo também deverá contribuir com o Governo do Estado à medida que apresentará estimativa dos impactos desses projetos sobre a oferta de infra-estrutura e serviços nas áreas de educação, saúde, habitação e saneamento.

Além disso, os projetos previstos para serem instalados em Pernambuco também terão impacto positivo sobre os índices de pobreza nas localidades onde vão ser implantados e operados, já que irão movimentar toda a economia da região.

Empresários reuniram-se na sede do Simmepe

Feira é apresentada em Pernambuco

Kronorte reforça presença no mercado
     Com 25 anos de atuação, a Kronorte Implementos para Transportes não mede esforços para reforçar a sua presença no mercado em que atua. Pensando nisso, a empresa planeja um investimento de R$ 2,3 milhões, este ano, em máquinas e equipamentos.

A informação é do diretor-presidente Moacyr Marcon, que também destaca que faz parte das metas da Kronorte, para este ano, um aumento de produção em até 10%. Tudo isso, sempre tendo como lema de trabalho a prestação de serviços de qualidade aos seus clientes, que estão espalhados pelas cinco regiões brasileiras.

No início, a Kronorte atuou como prestadora de serviços e fabricante de implementos de linha leve. Em 1978, iniciou a fabricação de semi-reboques com especialização em tancagem em aço inox e carbono.

Com o passar do tempo, a Kronorte começou a diversificar o seu leque de produtos e atualmente trabalha com uma extensa gama de implementos para transportes.

Hoje, a sua linha de fabricação compreende: semi-reboques, reboques e tanques sobre chassi; basculante sobre chassi; carrocerias metálicas sobre chassi para transporte de cana; semi-reboques silos; semi-reboques carrega-tudo; semi-reboques extensíveis. "Todos eles com a certificação do Inmetro", garante Marcon.
   
No seu quadro de funcionários, a Kronorte emprega 175 pessoas, que contam com apoio e infra-estrutura da empresa. "Elas recebem café da manhã e almoço no local de trabalho, plano básico de assistência médica e seguro de vida em grupo", diz o diretor.

O resultado do trabalho desenvolvido por esses profissionais é a aceitação dos produtos Kronorte pelo Brasil afora, vencendo, inclusive, a concorrência existente entre os mais diversos estados do País. O Sudeste, por exemplo, é responsável pelo consumo de aproximadamente 65% da produção da empresa. O Nordeste fica com 25% dessa fatia e o restante das regiões com 10%.

Para atender a essa demanda, a Kronorte mantém assistência credenciada em todas as regiões onde atua, visando ser a solução em implementos de transportes, como destaca o seu slogan . Por causa disso, a empresa se tornou, ao longo desses anos, uma marca de Pernambuco pelos quatro cantos do País.

Tecnologia na fabricação de implementos para o transporte

Koblitz exporta para a Itália

A Koblitz, empresa associada ao Simmepe com unidades industriais no Recife e em Piracicaba (SP), acaba de fechar negócio com a empresa italiana Celtica Engineering para a construção de centrais de co-geração de energia com fontes alternativas na Itália.

A princípio, o acordo vai durar cinco anos, com o objetivo de implantar dois projetos anuais que tenham uma potência total instalada de, no mínimo, 20 MW/ano. Os equipamentos estão sendo produzidos no parque fabril do Recife.

Segundo Luiz Otávio Koblitz, presidente da empresa, a economia alcançada pela Celtica Engineering com os serviços da empresa brasileira deve chegar a 30%, se comparada às companhias européias. "Estamos em condições competitivas muito interessantes para os investidores europeus, principalmente com relação aos preços", explica.

Até o momento, já foram assinados contratos para a instalação de três centrais no sul daquele país, que irão utilizar resíduos de madeira como combustível. Esses projetos terão um investimento de quase 27 milhões de euros e devem ser entregues até 2006, no sistema turn key (chave na mão).

A Koblitz será responsável, ainda, pelo desenvolvimento do projeto básico e executivo, gerenciamento, compra dos materiais e equipamentos, construção, comissionamento, start-up e também prestará os serviços de assistência técnica durante o funcionamento das centrais.

Fundada há 30 anos e especializada no fornecimento de sistemas integrados de energia com fontes alternativas, a Koblitz atua nos mercados industrial, de produção independente de energia e comercial.

Simmepe protesta contra alta de energia

O Simmepe aderiu à campanha contra o aumento de energia, liderada pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e outras entidades empresariais e da sociedade civil. A iniciativa tem como objetivo barrar o aumento de até 34,11% (41,82% com impostos) da tarifa de energia que deveria vigorar a partir do último dia 29 de abril.

 

Por determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel, o reajuste foi suspenso por 15 dias a fim de que seja analisada a proposta de parcelamento do aumento feito pela Celpe. Diante dos protestos desencadeados pela população, a empresa de energia propôs o adiamento de parte da revisão tarifária. Dessa forma, o reajuste médio seria reduzido para 24,43% (sem os impostos) e o desconto de 10% seria incorporado na tarifa ao longo dos próximos três anos.

Contudo, os representantes das entidades empresariais, de trabalhadores e de defesa do consumidor manifestaram-se contra a proposta por considerarem ainda muito alto o índice inicial de reajuste de 24,43%. Todos prometem continuar os protestos.

 

Por sua vez, o Governo do Estado anunciou que planeja enviar projeto de Lei à Assembléia Legislativa para reduzir a alíquota de ICMS que incide sobre a tarifa de energia elétrica, que atualmente é de 25%.

 

No dia 13 de abril, o Simmepe participou da audiência pública com a Aneel, realizada no Centro de Convenções. Além disso, a direção do sindicato vem convocando as empresas associadas a participarem de todos os protestos, como os apagões simbólicos, que têm sido feitos como forma de pressionar por uma solução para o caso.

 

Na audiência com a Aneel, os representantes da Fiepe entregaram documento mostrando os impactos do aumento da energia para o setor produtivo e para a sociedade. "A população vai perder o seu poder de consumo, causando prejuízo para economia local e para o Governo", diz o vice-presidente da Fiepe, Ricardo Essinger.

 

O vice-presidente do Simmepe, Sebastião Pontes, afirma que o empresariado não tem como arcar com novas altas de energia. Isso porque, durante o racionamento ocorrido no passado, todos os setores econômicos tiveram que ajustar o consumo de energia para o mínimo possível. "Não há como fazer novos cortes sem comprometer a produtividade e a qualidade dos serviços". Sebastião sugere a criação de grupos de trabalho que sugiram alternativas.

 

Audiência pública com representantes da Aneel

Sobe taxa de desemprego

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país subiu pelo terceiro mês seguido e chegou a 10,8% da PEA (População Economicamente Ativa) em março, segundo dados do IBGE divulgados em 27 de abril. Em fevereiro, a taxa havia atingido 10,6%. Os dados mostram que houve estabilidade em todas as regiões pesquisadas na desocupação em relação a fevereiro.

 

Já na comparação com março do ano passado, Recife apresentou aumento de 15,3%. Houve quedas em Belo Horizonte (-11,2%), Rio de Janeiro (-14,9%), São Paulo (-19,5%) e Porto Alegre (-17,6%). Salvador apresentou estabilidade. Segundo analistas, a tendência nos três primeiros meses do ano é de aumento da taxa de desemprego com o fim das contratações temporárias de final de ano. O ritmo de aumento, no entanto, foi menor do que o do ano passado em razão da recuperação do mercado de trabalho no segundo semestre de 2004. A participação dos empregados com carteira de trabalho no país começa a se recuperar, segundo o IBGE. Em 2004 eram 39,5% e neste ano somam 40,3%.

Cresce renda do trabalhador

A última pesquisa do IBGE mostra que a renda do trabalhador cresceu 0,5% em relação a fevereiro e 1,7% na comparação com março de 2004. Foi o terceiro mês consecutivo de crescimento da renda.Os trabalhadores com carteira de trabalho assinada tiveram aumento de 0,8% no rendimento. Já os sem carteira tiveram alta de 0,6%. Os trabalhadores por conta própria, que apresentam rendimento menor, tiveram queda de 0,4%.

 

"A melhora no rendimento acontece em conseqüência da melhora do mercado de trabalho. Primeiro aumentam as vagas, depois melhora a qualidade do emprego e por fim vem o aumento na remuneração", afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo. Segundo ele, os sucessivos aumentos da taxa básica de juros desde setembro não tiveram influência negativa sobre o mercado de trabalho.

 

Os resultados da pesquisa do IBGE estão em linha com os da Fundação Seade/Dieese, segundo os quais, o desemprego atingiu 17,3% da População Economicamente Ativa, mas a renda cresceu 0,2% na comparação com o mês anterior.

Redução de imposto detém preço do aço

Alexandre Valença: Proposta para redução da alíquota do aço desde 2002

Já estão sendo sentidos os efeitos da medida governamental que, em março, reduziu a zero a tarifa de importação de 15 produtos siderúrgicos para responder ao movimento de alta de preços no setor. "As siderúrgicas que vinham sinalizando com novos aumentos, recuaram e estão mantendo os seus preços", afirma Valdelírio Soares, presidente da Coalizão Empresarial do segmento eletro-metal-mecânico do Norte/Nordeste. Para ele, a adoção da alíquota zero foi muito positiva, principalmente para as pequenas empresas que não dispõem de grandes estoques e não têm poder de barganha junto aos fabricantes de aço.

 

Para as montadoras de automóveis, no entanto, as medidas ainda não ocasionaram mudanças. O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Rogelio Golfarb, afirmou, na Imprensa, ainda não ter notado um aumento nas compras externas de aço pelas montadoras em função da redução da alíquota de importação de alguns tipos de aço.

 

Ele ponderou, entretanto, que eventuais efeitos da redução das alíquotas de importação não poderão ser sentidos em menos de seis meses, uma vez que os contratos de compra de grande volumes de aço são de longo prazo.

 

Adotada no último mês de março, a medida já vinha sendo reivindicada pelo setor metal-mecânico do Norte-Nordeste desde 2002.

Em reunião com os presidentes das siderúrgicas CSN, Usiminas, Cosipa e CST, realizada em Brasília, na sede da CNI, o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, que, à época, ocupava o cargo de presidente da Coalizão, já defendia a eliminação do Imposto de Importação do aço como alternativa para barrar as constantes elevações de preços e evitar a escassez do produto no mercado.

 

Os produtos afetados são diferentes tipos de chapas de aço, utilizadas na fabricação de automóveis, máquinas e equipamentos, e folhas-de-flandres, empregadas na confecção de latas para embalagem de alimentos.

Coalizão tem novo presidente

O presidente do Sindicato das Indústrias Eletro-Metal-Mecância do Ceará (Simec), Valdelírio Soares, é o novo presidente da Coalizão Empresarial para o Norte/Nordeste. A posse foi realizada no último dia 18 de fevereiro, na sede do Simepa – entidade do segmento do Pará, e contou com a presença de representantes dos sindicatos afiliados da região.

Soares assumiu em lugar do presidente do Simmepe, Alexandre Valença, idealizador e primeiro presidente da Coalizão. Impossibilitado de estar presente devido aos compromissos como Secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Valença foi representado pelo seu vice Sebastião Pontes.

Em seu discurso de posse, Valdelírio Soares destacou que planeja focar sua gestão em dois pontos principais. O primeiro deles é defender e apresentar as necessidades do setor na região e no País junto as entidades governamentais e empresariais.

A outra prioridade é a promoção de um maior intercâmbio entre as empresas, a fim de incrementar a geração de negócios entre toda a cadeia produtiva do Norte/Nordeste.

Após a transmissão do cargo, Pontes leu uma mensagem de Alexandre Valença, na qual ele destacava as motivações que o levaram a liderar o movimento que culminou com a criação da Coalizão. Entre eles, construir uma troca de informações, a fim de melhor conhecer a estrutura produtiva regional e, assim, proceder a montagem de uma estrutura de intercâmbio de produtos, insumos e matérias-primas. Ele ressaltou, ainda, ações importantes da Coalizão, como a mobilização da Confederação Nacional da Indústria – CNI para protestar contra a crise do desabastecimento de aços planos na região, imposta pelas usinas siderúrgicas do Sudeste. "A CNI, aliando-se ao nosso movimento, criou a Câmara Subsetorial do Aço, juntando produtores e consumidores periféricos de aços planos, com o objetivo de alcançar equilíbrio de preços e abastecimento. Não fosse isso, teríamos passado por uma crise, com o risco, inclusive, de fechamento de pequenas e médias indústrias, no Norte e Nordeste", disse. Valença também lembrou a manifestação de repúdio ao fechamento da SUDENE e SUDAM.

O ex-presidente finalizou, agradecendo o apoio recebido em sua gestão e desejou que a Coalizão produza seus melhores frutos, dignos de um povo que luta pelo progresso.

Gualter Leitão (PA), Alberto Canovas (BA), Marcos Marcelino (PA), Sebastião Pontes (PE) e Valdelírio Soares (CE)