Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Mensagem – Renovação do setor produtivo

O Simmepe completa 70 anos numa trajetória marcada por realizações importantes em defesa dos interesses das empresas associadas do segmento industrial que representa e do desenvolvimento econômico de Pernambuco.

Dirigida por valorosos líderes, desde sua fundação, em 1934, a entidade de classe empresarial nunca se furtou em posicionarse não só em defesa dos legítimos interesses das indústrias que representa, mas também em defesa de importantes projetos visando à consolidação do parque industrial pernambucano.

Seguindo essa trajetória, o Simmepe fez história destacando-se no cenário empresarial de Pernambuco e do Brasil. Como resultado, conquistou espaço e prestígio em meio às entidades de âmbito estadual, regional e nacional. Isso, aliás, explica o fato de estarem, hoje, à frente da Confederação Nacional da Indústria – CNI e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco dirigentes empresariais oriundos da Entidade.

Com efeito, estar à frente de uma entidade com tanta pujança por ocasião das comemorações do seu septuagésimo aniversário, já seria, por si só, um grande privilégio para qualquer líder empresarial. Essa experiência, no entanto, reveste-se de um caráter ainda mais especial pelo fato de coincidir com um novo ciclo de expansão da indústria eletro-metal-mecânica de Pernambuco, graças à chegada de um número considerável de novas empresas e de empreendimentos estruturadores de grande porte.

Esses novos projetos apontam para a consolidação e fortalecimento da indústria eletro-metal-mecânica como um dos mais importantes segmentos do setor industrial de nosso Estado e da Região. Esse novo ciclo expansionista vem fortalecer ainda mais o Simmepe, que, ao longo de sua história, sempre teve uma atuação destacada como representante da classe produtora que, hoje, engloba, em Pernambuco, cerca de 500 empresas e, aproximadamente, 12 mil trabalhadores diretos.

Por tudo isso, a passagem do setuagésimo aniversário do Simmepe deve ser capitalizada não apenas como uma rara oportunidade de expor o memorial de suas grande realizações, mas também – num gesto de compromisso com o futuro – como uma ocasião para o estabelecimento de um novo referencial com vistas à construção de uma renovada trajetória de atuação, voltada ao progresso do setor industrial de Pernambuco.

O setor eletro-metal-mecânico no Estado de Pernambuco Evolução

O segmento industrial metalmecânico/ eletroeletrônico é um dos principais esteios da estrutura manufatureira de Pernambuco. Um diversificado conjunto de subsegmentos traduz sua grandiosidade e o seu dinamismo, destacando-se, entre os quais, os ramos da siderurgia (aço e alumínio), da produção de equipamentos pesados, estruturas metálicas, tratamento de superfícies, embalagens metálicas, bens de capital, autopeças, material de transporte, lâmpadas, material de radiodifusão e comunicação e equipamentos de informática. Sua importância pode ser medida, ainda, a partir da contribuição direta para as arrecadações da União e do Estado.

Pela sua natureza e características, atribui-se maior importância ao segmento em face da sua capacidade germinativa e irradiadora de efeitos sobre os demais setores econômicos, transformando-o numa inigualável mola propulsora de desenvolvimento, uma verdadeira fábrica de fabricas, como se costuma dizer.
Por isso, Pernambuco dispõe, nesse segmento, de um amplo leque de possibilidades econômicas. Retrocedendo no tempo, registros dão conta de que até o início da década de 30, a economia pernambucana baseava-se no binômio agroindústria canavieira e manufatura do algodão. A escala de produção e as ramificações intra e intersetoriais garantiam, à época, a indiscutível liderança econômica do Estado no Nordeste.
Primeiras fundições

Foi a partir daquele decênio em diante que o setor industrial começou a registrar um processo de diversificação de suas atividades. Entre outros fatores, a impulsão provinha da criação de normas que disciplinavam as relações entre patrões e empregados. Em meio a esse ambiente fértil, surgem, ainda que de forma precária, os primeiros empreendimentos do ramo metalúrgico.

Na década de 20, já funcionava no Recife a Fundição Pessoa de Queiroz, que, posteriormente, passou a se chamar Fundição Santo Amaro após ser adquirida por Menezes Irmãos e Cia. Em 1932, instala-se na capital pernambucana a “Fábrica e Fundição Capunga”, cuja razão social era “Lucena, Paes & Cia.”, tendo como proprietários Euclides Pereira de Oliveira Lucena e José Mendes dos Santos Paes.   

Convém frisar, no entanto, que, no contexto econômico daquela ocasião, a metalurgia era absolutamente inexpressiva no Estado. Mas aqui se impõe registrar seu surgimento, em escala industrial, como o embrião do que hoje ela representa para a economia estadual.

A partir da década de quarenta, contudo, a metalurgia começou a ganhar densidade em Pernambuco, com a instalação no centro do Recife, da Companhia Siderúrgica do Nordeste (COSINOR). Objetivava atender ao parque sucroalcooleiro da região, que em virtude da guerra na Europa não conseguia peças e equipamentos de reposição para as máquinas. Sua consolidação veio aos poucos até tornar-se o mais importante empreendimento sidero-metalúrgico do Norte e Nordeste do Brasil.

Mas o impulso maior dado à indústria metal-mecânica/eletroeletrônica de Pernambuco veio com a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959. De cerca de 1.600 projetos para a Região, aproximadamente 330 eram desse segmento, dos quais, 125 localizados em Pernambuco. Tratando-se, em geral, de empreendimentos de grande escala, esses investimentos, foram responsáveis por 31% do número de empregos diretos criados pelos projetos aprovados para o Estado.

Com efeito, a produção industrial desse segmento ganhou complexidade e diversidade dos anos 60 para cá, hoje compreendendo: laminados e perfilados de aço, vergalhões e arames para a construção civil, laminados e extrudados de alumínio, autopeças, caldeiras, moendas e destilarias, evaporadores, trocadores de calor, vigas de pressão, perfis, arames industriais, arames farpados, cabos de aço, cordoalhas, peças fundidas de metais diversos, pregos, grampos, parafusos, adornos, dobradiças, tubos e conexões, conjunto para irrigação, estruturas metálicas, esquadrias de ferro e alumínio, fôrmas metálicas, tanques, caçambas, terceiro eixo, transportador mecânico, arames perfilados, galvanizados e formados, lã de aço, latas, rolhas metálicas, caixas e quadros, brocas, chicotes, molas e escapamento para veículos automotores, indústrias de equipamentos de cozinhas industriais, artefatos de aço inoxidável, móveis e transportes.

Sinais de grande vitalidade

No segmento eletroeletrônico, Pernambuco dispõe de um parque importante, oferecendo ao mercado equipamentos de telecomunicações, baterias secas, baterias automotivas, lâmpadas, relés e dispositivos temporizadores eletrônicos, equipamentos de comunicação, canhões de TV, geradores de energia, fios contatores, painéis elétricos e dispositivos de comando, placas de circuitos impressos, materiais elétricos em geral, torres e antenas, entre outros itens.

No âmbito das exportações de Pernambuco para mercados internacionais, dados recentes apontam que a participação das indústrias eletrometal- mecânicas gira em torno de 10%. Vale salientar que os produtos sucroalcooleiros ainda são responsáveis pela maior parte do que o Estado vende no mercado externo. Por isso, a participação das indústrias metalmecânica/eletroeletrônica assume maior relevância.

No geral, o segmento vem dando, atualmente, sinais de grande vitalidade. Contando com um parque industrial diversificado, com mais de 500 empresas, entre grandes indústrias multinacionais e microempresas, que geram cerca de 12 mil empregos diretos, o segmento encontra-se em franca expansão. Nos últimos 12 meses, projetos envolvendo investimentos de mais de R$ 30 milhões na instalação e modernização de indústrias começaram a ser implantados no Estado, com apoio inclusive do Programa de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe). Entre esses projetos, destacam-se as empresas Acumuladores Moura (baterias), Metallo (fechaduras), Latina Eletrodomésticos (purificadores, secadores, ventiladores de teto); DMT Equipamentos Eletrônicos (reatores eletrônicos); Refrigelar Indústria e Comércio Ltda (freezers), BMP Siderúrgica (vergalhões de ferro) e a Sapel (medidores de água).

Além disso, a indústria metal-mecânica/eletroeletrônica de Pernambuco prepara-se para experimentar um novo surto de crescimento e de avanço tecnológico que a consolidará como um dos setores industriais mais importantes do Estado. O marco dessa arrancada será a implantação, pelo Grupo Camargo Correia, do maior estaleiro do Hemisfério Sul, a se localizar no Complexo Industrial Portuário de Suape. O empreendimento, que será certamente o mais moderno do mundo, envolverá recursos da ordem de R$ 510 milhões.

Para que se tenha uma idéia do impacto desse projeto, registre-se que, apenas na fase de implantação, que deve durar dois anos, haverá uma oferta de 1,5 mil empregos diretos. Em pleno funcionamento, o empreendimento proporcionará a criação de 5 mil diretos e mais 25 mil indiretos, triplicando, praticamente, o número atual de empregados na indústria eletro-metal-mecânica do Estado.

A previsão é de que as obras sejam iniciadas em janeiro de 2005. O estaleiro, que deverá ter um faturamento de R$ 1 bilhão/ano, será capacitado para construir qualquer tipo de embarcação comercial de grande porte e plataformas de petróleo offshore.

A implantação desse projeto deverá resultar na criação de um cluster da Indústria Naval em Suape, levando a que Pernambuco entre no mapa da indústria pesada nacional. Cria-se também uma feliz expectativa no setor industrial local e regional, à medida que haverá demanda para empresas pernambucanas que atuam nasáreas de estruturas metálicas, pinturas e tratamentos de superfícies, usinagem, caldeiraria, montagem e metalurgia, entre muitas outras.

Por tudo isso, vale afirmar que a indústria metal-mecânica/eletroeletrônica deverá continuar a exercer, durante muitos anos, o seu importante papel na base industrial do Estado, contribuindo de forma decisiva para o desenvolvimento econômico e a prosperidade de todos os pernambucanos.

Simmepe – 70 anos de história

Por volta de 1934, em meio à efervescência política que marcou boa parte daquela década, mas num ambiente econômico de indiscutível progresso, organizou-se a “Associação dos Proprietários de Oficinas de Fundição em Recife”. Estava esboçado aí o que seria, a partir de 1939, o “Sindicato dos Proprietários de Indústrias Metalúrgicas em Recife”.

Antes, porém, de receber a denominação com que é conhecido atualmente, esse órgão classista ostentou o título de “Sindicato das Indústrias de Fundição e da Reparação de Veículos e Acessórios de Recife”. Esse nome lhe foi dado em razão de representar uma diversificada gama de categorias econômicas. Isso aconteceu em 17 de outubro de 1940.

Vinte e dois anos depois (29/10/62), a entidade passou por outra reestruturação, visando representar as categorias do 14º Grupo do Plano da Confederação Nacional da Indústria. Nessa ocasião, a entidade mudou seu nome para “Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Recife”. Até os anos 90, várias categorias se desligaram do Sindicato em face de terem sido criadas suas respectivas representações.

Ao lado desse enxugamento setorial, o órgão classista experimentava uma fantástica evolução em sua abrangência geográfica. Assim é que sua base física, que até 1969 se restringia apenas ao Recife, foi estendida, em janeiro daquele ano, aos municípios de Arcoverde, Olinda, Paulista, Goiana, São Lourenço da Mata, Jaboatão, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Cabo de Santo Agostinho e Palmares. A cobertura de todo o Estado de Pernambuco passou a ser feita em 19 de dezembro de 1980, por despacho do ministro do Trabalho, tendo em vista o crescimento e a interiorização da indústria estadual. A partir daí, foi-lhe conferida a atual denominação, “Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco”, que passou a adotar também a sigla “SIMMEPE”.

Durante essas sete décadas de história, pode-se demarcar pelo menos cinco fases que compreendem todo o período de sua existência: a fase de formação (1934/52); a fase de consolidação (1952/74); a fase de expansão (1974/81); a fase de preservação (1981/ 92); e a fase de renovação (1992/2004).

Expansão dos limites

A fase de formação do SIMMEPE foi marcada pelo idealismo, fato comum na história dessas organizações. Durante esse período, estiveram na presidência os associados Tércio Carneiro e Euclides Lucena. A estruturação do Sindicato, por sua vez, levou algum tempo para se consolidar. O estatuto, por exemplo, consumiu cerca de 20 meses de discussão para ser aprovado, além de ter esperado um ano para ser reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Tem-se como principal conquista desse tempo o disciplinamento, embora precário, do mercado pernambucano de sucata. Sem esse ordenamento, muitos empreendimentos metalúrgicos teriam sido inviabilizados.

Antídio Mendonça foi o presidente de toda a fase de consolidação. Durante esse período, especificamente em 1969, o Sindicato expandiu seus limites geográficos para além do Recife, passando a abranger onze outros municípios, e lutou incessantemente por uma solução permanente para a questão do suprimento de matéria-prima (ferro e aço) das indústrias metalúrgicas e mecânicas de Pernambuco. Para isso, o SIMMEPE fez coalizão com organizações que passavam por dificuldades idênticas em outros Estados e até mesmo em outras regiões. Concluiu-se, então, pela criação, em 1968, do sistema Cliente Uniforme (CIF), que por cerca de 22 anos foi o principal mecanismo de sustentação da indústria metalmecânica do Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.

A fase de expansão abrangeu as administrações de Robert Mocock e Carlos Oliveira Lima. Dois fatos importantes marcaram esse período: a profissionalização do Sindicato, na proporção em que a organização do trabalho passou a merecer a atenção maior; ampliação do quadro de associados, acompanhada de um extraordinário ganho de expressão política, uma vez que muitas das grandes empresas instaladas em Pernambuco com incentivos governamentais (principalmente por meio da SUDENE) filiaram-se ao SIMMEPE.

Na fase de preservação, ocuparam a presidência Plínio Bezerra dos Santos, Mário Conte e Celso Baptistella. Muitas conquistas marcaram essa fase, destacando-se o aprimoramento de sua relação com o sindicato trabalhista, a criação de mecanismos de maior aproximação dos associados, para os quais construiu uma sede campestre, e a aquisição da sede própria, onde o cinqüentenário da instituição foi comemorado.

Assim sendo, o Sindicato voltou-se também para seu ambiente externo, começando por conquistar a presidência da Fiepe, o que aconteceu com a eleição de Armando Monteiro Neto, hoje presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Essa conquista resultou de uma estratégia abrangente, que teve participação decisiva do empresário João Sandoval da Silveira. Convicto de que a conquista da FIEPE seria a melhor forma de se poder influir na CNI e nas instâncias de formulação e implantação das políticas industriais no País e no Nordeste, Sandoval trabalhou obstinadamente nas articulações que conduziriam Armando Monteiro Neto à presidência da Entidade. Posteriormente, Monteiro chegou à presidência da CNI, cargo que ocupa atualmente. A partir do êxito da estratégia adotada, os segmentos metalúrgico, mecânico e eletro-eletrônico ganharam visibilidade e tiveram reconhecida sua densidade política.

A gestão de João Sandoval também ficou marcada por importantes realizações, como a capitalização financeira; a consolidação da credibilidade do sindicato, que passou a ter mais visibilidade e a exercer maior influência no ambiente externo; além da modernização e racionalização gerencial da entidade. Outro ponto de destaque foi o avanço nas relações com o sindicato dos trabalhadores, o que proporcionou condições para a realização de negociações pacíficas, sem registro de conflitos de maior relevância. Ressalte-se também o trabalho de resgate da memória do SIMMEPE, por meio de uma profunda pesquisa histórica, que, brevemente, será transformada em livro.

A reforma, ampliação e modernização da sede do SIMMEPE e a criação da feira anual Fimmepe – Mecânica Nordeste, que completa 10 anos em 2004, consolidada como a maior feira de produtos industriais do Norte-Nordeste, são também realizações que marcaram a sua trajetória como dirigente do sindicato.

Outra conquista de extrema importância para as indústrias metal-mecânicas foi o diferimento do ICMS para os aços planos. Com isso, obteve-se a compensação do custo do transporte na compra de aços planos às siderúrgicas localizadas no Sudeste.

Ao longo de sua gestão, Sandoval também levantou importantes bandeiras em defesa do setor produtivo do País. Em todas as instâncias possíveis, fez veementes críticas à falta de uma reforma tribitária eficaz, ausência de uma política industrial efetiva e rigidez da legislação trabalhista que inibe a geração de empregos. Nos mais diversos fóruns de debates, também levantou a voz contra a extinção da Sudene e a falta de uma política de desenvol-vimento específica para o Nordeste.

Superando a cultura empresarial isolacionista do Estado, o SIMMEPE liderou a formação da Coalizão Empresarial Norte-Nordeste do segmento eletrometal- mecãnico, reunindo os sindicatos de Pernambuco, Ceará, Bahia, Alagoas e Pará. Criada em 2001, já na gestão de Alexandre Valença, a entidade transformou-se em um importante instrumento de defesa dos legítimos interesses das indústrias da região.

O trabalho da Coalizão colocou o SIMMEPE mais uma vez em evidência e contribuiu para a nomeação do atual presidente, Alexandre Valença, para o cargo de secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Avanço tecnológico

Atualmente, o SIMMEPE situa-se entre os três grandes sindicatos patronais do Estado. Isso, pela dimensão do quadro de seus associados, pelo grande espectro da representação, pela força propagadora das empresas, pela capilaridade espacial e setorial dos produtos e serviços da categoria econômica.

O fundamental, entretanto, é que a importância do Sindicato decorre da contribuição objetiva dos setores metal-mecânico e eletro-eletrônico para o conjunto da atividade econômica, sejam industriais, comerciais ou de serviços.

Por sua natureza e dinâmica, o SIMMEPE acabou vinculando-se a diversas outras entidades patronais no Estado, no Nordeste e no País, a partir de iniciativa própria ou atendendo a convocação.
A todas elas tem levado uma contribuição de destaque, sempre marcando a representatividade do setor na estrutura produtiva do Estado.

Gratifica e estimula, por certo, o reconhecimento público desse papel e da competência com que se tem havido a correspondente organização sindical. Atestam-no as muitas homenagens prestadas a presidentes e ex-presidentes do SIMMEPE. O septuagésimo aniversário, portanto, constitui a oportunidade de pôr-se em relevo a importância socioeconômica e política do SIMMEPE. Para isso, é indispensável que faça valer, e aparecer com nitidez, o seu caráter de entidade comprometida com o que há de moderno, criativo e dinamizador.

Fimmepe – Uma década de sucesso

No ano do seu septuagésimo aniversário, o SIMMEPE ostenta, entre as inúmeras conquistas alcançadas ao longo de sua gloriosa história, o orgulho de comemorar, simultaneamente, os 10 anos da Fimmepe/Mecânica Nordeste.

Realizada pela primeira vez em 1995, a Feira vem-se consolidando a cada ano como o mais importante evento da indústria do Norte/Nordeste do País, desempenhando relevante papel como instrumento de modernização da indústria regional, ao mesmo tempo em que oferece oportunidade de divulgação para as empresas e os seus produtos.

Essa façanha do SIMMEPE se reveste, ainda, de maior significado, porque vem desmistificar a crença cristalizada de que Pernambuco não reunia dimensão suficiente para sediar um evento dessa natureza, pois, anteriormente, grandes empresas especializadas no ramo de eventos já haviam tentado organizar feiras semelhantes no Estado sem conseguir continuidade e êxito na empreitada.

Sob a promoção e organização do SIMMEPE, os bons resultados obtidos ao longo desses 10 anos contribuíram para a projeção do evento nos mercados nacional e internacional. Com efeito, dos 150 expositores, em média, que participam da Fimmepe/Mecânica Nordeste todos os anos, cerca de 40% são de outras regiões do País. São empresas que desenvolvem tecnologia de ponta no setor de bens de capital, citando-se, como exemplo, Romi, Debimaq, Garreta, Heller, Durit, Indústrias Newton, Feva, Carnevalli, Rulistand, entre tantas outras que trazem para Pernambuco, durante o período anual de realização da Feira, máquinas, equipamentos e componentes de última geração, contribuindo, assim, para a modernização da indústria do Nordeste.

Ao lado desses muitos expoentes da indústria brasileira, participa, também, um número expressivo de empresas nordestinas, sobretudo de Pernambuco, algumas com projeção nacional, sobressaindo o grupo Moura, Brasinox/ Imosa, Gerdau, Renda, Polifrio, Kronorte, Laminaço, Inal, Veneza, além de tantas outras que ocupam posição importante na cadeia produtiva do setor eletro-metalmecânico do Estado.

Razões do sucesso

al presidente deste órgão, e Secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre Valença, que vem emprestando apoio irrestrito e implementando importantes ações para a sua consolidação.

Uma das razões do sucesso da Feira está no direcionamento dado pelos organizadores. Os dirigentes do SIMMEPE não consideram o evento como uma fonte de lucro para o sindicato, mas como um instrumento de promoção da economia de Pernambuco por meio da valorização da sua indústria eletro-metal-mecânica.
Além disso, fizeram do evento um importante meio de integração entre clientes, fabricantes, fornecedores, bancos e órgãos governamentais de desenvolvimento.

Por tudo isso, o SIMMEPE olha para o futuro dessa feira com redobrado otimismo, principalmente no momento em que a economia brasileira inicia um novo e vigoroso ciclo de crescimento puxado também pelo setor industrial.

No aniversário de 10 anos da Fimmepe, ocasião em que se espera um dos melhores resultados de sua história, o SIMMEPE quer partilhar com o setor industrial pernambucano a satisfação de comemorar a consolidação dessa sua iniciativa de grande alcance para o desenvolvimento de Pernambuco e agradece a todas as empresas e instituições que de alguma forma contribuíram para a sua trajetória de sucesso.