Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Preço do aço preocupa indústrias


A perspectiva de desabastecimento de aço no mercado interno e a conseqüente elevação nos preços vem preocupando as indústrias do segmento metal-mecânico de todo o País. No Norte-Nordeste e Centro-Oeste, no entanto, essa preocupação é ainda maior uma vez que estas regiões concentram as empresas de menor porte que não dispõem das mesmas condições que os grandes grupos para negociar com as siderúrgicas.

Em janeiro deste ano, o presidente do Simmepe e secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Alexandre Valença, já alertava, no informativo semanal do sindicato, para o risco de desabastecimento devido ao aumento na demanda mundial do aço.

Na segunda semana de março, em entrevista ao Diário do Comércio e Indústria (DCI), de São Paulo, o presidente do Simmepe revelou que o setor já recebeu avisos de usinas e distribuidores de que haverá mais um reajuste no preço do aço, desta feita de 20%, em média.

Segundo Valença, que também é presidente da Coalizão Empresarial do Segmento Eletro-metal-mecânico do Norte-Nordeste, ainda não houve indício de desabastecimento, mas, no caso dos pequenos consumidores, que compram o aço dos distribuidores, já se observa aumento nos prazos de entrega.

Na opinião do vice-presidente da Coalizão, Valdelírio Soares, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Eletro-metal-mecânicas do Ceará (Simec), o mercado interno não deverá chegar a sofrer desabastecimento. Quanto aos reajustes, ele acredita que será difícil as siderúrgicas não aproveitarem a oportunidade do aquecimento do mercado para ampliar suas margens de lucro.

A expectativa de Soares quanto ao abastecimento do mercado se deve ao trabalho realizado junto às siderúrgicas no âmbito da Câmara Setorial do Aço, órgão criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) por sugestão da Coalizão Empresarial.

Em algumas especificações, a alta no mercado mundial, em fevereiro, superou 30% . E os reflexos desse aumento devem atingir o Brasil no segundo trimestre. Falando ao DCI, o consultor Fábio Silveira, da MS Consult, afirmou que o percentual de reajuste certamente será de dois dígitos. Segundo ele, no cenário atual, em que a capacidade instalada do setor está quase totalmente ocupada, não há muito que negociar.

O Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), representante das usinas, rebate as críticas, segundo as quais, as siderúrgicas estariam inflacionando seus preços internamente em decorrência do aumento da demanda no mercado externo. O vice-presidente do IBS, Marco Polo de Mello, explica, no site da entidade, que aproximadamente 60% dos custos do setor siderúrgico estão indexados ao mercado internacional, que hoje se encontra aquecido.

Quanto ao reajuste deste ano, ele afirma que pode ser atribuído principalmente à elevação sofrida por matérias-primas como carvão, coque, gusa, sucata e minério de ferro e às elevações dos preços administrado pelo Governo, como energia elétrica e transportes. Com relação à oferta de aço às empresas nacionais, Mello garante que, apesar das excelentes condições do mercado internacional, o setor está abastecendo plenamente o mercado interno.

Compensação do custo do frete para o aço vai até 2014

    
O crédito presumido de ICMS sobre as compras de aços planos da região Sudeste do país está mantido até 2014. A informação foi dada pela Secretaria da Fazenda, com base no decreto nº 25.939 de 29 de setembro de 2003, em resposta à consulta do Simmepe.

Havia uma dúvida quanto à manutenção do benefício, uma vez que o texto do relator da Reforma Tribu-tária, senador Romero Jucá, incluía dispositivo prevendo a perda do bene-fício fiscal para as indústrias do seg-mento eletro-metal-mecânico de Per-nambuco e do Ceará.    
O benefício é uma forma de compensar o custo do frete na compra de aços planos fora do estado. Sua permanência garante a competitividade e até a preservação do segmento eletro-metal-mecânico no parque industrial de Pernambuco, que é o maior desse segmento no Nordeste.

"O fim do incentivo representaria não apenas aumento nos custos de produção e perda da competitividade para as grandes empresas, mas também prejuízos para as micro e pequenas que adquirem matéria-prima produzida pelas siderúrgicas", afirma o presidente do Simmepe e secretério de Desenvolvimento de Pernambuco, Alexandre Valença.

O Simmepe vem acompanhando atentamente os movimentos e decisões que têm relação com a possível perda do benefício. No ano passado, o sindicato, apoiou, como integrante da Coalizão Empresarial do segmento Eletro-metal-mecânico do Norte Nordeste, a ação da Associação do Aço do Rio Grande do Sul – AARS, que mobilizou empresários e a classe política no sentido de sensibilizar os senadores sobre a necessidade de rever a proposta de Reforma Tributária.
     
 

Simmepe prepara comemoração dos seus 70 anos de história

O Simmepe completa70 anos de existência no próximo dia 5 de setembro. Para comemorar a data, a diretoria do sindicato formou uma comissão especial que está responsável pelo planejamento das comemorações durante este ano. As celebrações vão contar com uma pauta bastante diversificada, culminando com uma grande festa que vai reunir lideran-ças empresariais e políticas de Per-nambuco.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco – Simmepe foi fundado em 1934, sob a denominação de Syndicato dos Proprietários de Officinas Metallúrgicas em Recife.

Ao longo dos anos, o Simmepe vem se destacando como entidade muito atuante através da participação em diversas associações e entidades de âmbito estadual, macrorregional e nacional, a exemplo da Federação das Indústrias de Pernambuco – Fiepe, Confederação Nacional da Indústria – CNI, Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica – Abinee e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas – Abimaq.

DESENVOLVIMENTO
O Simmepe também vem marcando sua trajetória com realizações importantes em prol de suas empresas associadas e do desenvolvimento de Pernambuco. Ciente de seu papel como uma das instituições representantes da classe produtora do Estado, o sindicato, ao longo dos ano, posicionou-se não só em defesa dos legítimos interesses das indústrias do setor eletro-metal-mecânico, mas também em defesa de importantes projetos visando a consolidação do parque industrial pernambucano.

Em sua diretoria, o Simmepe tem contado com importantes figuras do meio empresarial do estado, destacando-se, entre esses, Armando Monteiro Neto, empresário e político, que atualmente preside a Confederação Nacional das Indústrias – CNI, órgão máximo do empresariado industrial do país. Em 1992, o empresário interrompeu seu mandato de presidente do Simmepe para assumir a presidência da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe.

O atual presidente do Simmepe é o industrial e secretário de Desenvolvimento Econômico, Alexandre José Valença Marques, que assumiu a direção do sindicato em 30 de novembro de 2001, em substituição ao empresário João Sandoval da Silveira, que dirigiu o Simmepe por quase nove anos deixando realizações importantes como a criação da Fimmepe e a reforma geral da sede da entidade.

Mais de 50 empresas já garantiram presença na Fimmepe 2004 – Mecânica Nordeste

A comercialização de espaço para a décima Fimmepe 2004 – Mecânica Nordeste está em ritmo acelerado. Mais de 50 empresas de Pernambuco e do Sudeste do país já confirmaram presença na feira, que acontece entre os dias 18 e 22 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco.
Em sua 10ª edição, a feira, voltada para os setores Eletro-Metal-Mecânicos e de Plásticos, está consolidada como rota obrigatória para as empresas que pre-tendem prospectar mercado ou consolidar suas marcas no Nordeste.

 "O evento é reconhecidamente a maior vitrine de produtos do setor industrial da região", diz Alexandre Valença, secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente do Simmepe, órgão promotor do evento. Em 2003, superando as expectativas, mais de 15 mil pessoas visitaram o evento que gerou negócios da ordem de R$ 20 milhões.

A feira registrou ainda crescimento de 38% na área total, em relação a 2002, passando de 1,3 mil para 1,8 mil metros quadrados. "Este ano, contamos com o apoio ainda maior por parte de todos os empresários pernambucanos no sentido de aumentar a participação de pequenas e médias no evento", afirma o presidente.

Segundo ele, o objetivo é facilitar o a acesso à novas tecnologias, contribuindo para o desenvolvimento e otimização dos processos dessas empresas. A Fimmepe 2004 – Mecânica Nordeste conta com o apoio da Abimaq, Banco do Nordeste, Sebrae, Fiepe, CNI, Abinee, Abiplast e Governo de Pernambuco. Mais informações pelos telefones: (81) 3423.8744/ 3423.1300.

Perspectivas de bons negócios
O número significativo de empresas que já garantiu sua participação na Fimmepe 2004 – Mecânica Nordeste é um reflexo das perspectivas positivas para 2004. Os números divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) apontam uma tendência de retomada dos negócios no segmento de máquinas e equipamentos.

Segundo ele, a tendência de crescimento do faturamento vem acontecendo mês a mês. Na relação outubro 03/outubro 2002, houve uma queda de 8,8%, que foi mais suave em novembro, passando para 5,5%. Em dezembro, contudo, o crescimento já era de 11,2%, chegando a 22,2% em janeiro. As exportações cresceram em janeiro, registrando 29% a mais do que em 2003 e a utilização da capacidade instalada cresceu 5,1%, ao passando de 74,58% para 78,37 %.

Feira internacional em São Paulo

De 18 a 22 de maio, acontece no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo, a 25ª Feira Internacional da Mecânica. O evento reunirá cerca de 1.700 expositores de 30 países. Como acontece todos os anos, o Simmepe deverá participar do evento levando uma comitiva de dirigentes e executivos de empresas associadas para conhecer as últimas novidades do segmento. Durante a feira, também será feita divulgação da Fimmepe 2004 – Mecânica Nordeste junto aos expositores.

Tron investe em produtos para exportação

Contando com 100 funcionários, a empresa está instalada, há oito anos, no bairro do Curado, Recife, em uma área total de oito mil metros quadrados e área construída de três mil metros quadrados.

A Tron Controles Elétricos, que fabrica, há 15 anos, sistemas de controle e automação para indústrias, se prepara para conquistar o mercado internacional. Para isso, a empresa, associada do Simmepe, investiu em um projeto para criação de uma nova linha de produtos micropro- cessados.

A venda dos novos produtos para todo o mundo será realizada através da parceria firmada com uma companhia multinacional. Segundo o diretor da Tron, Sérgio Fonseca Filho, a pro- jeção é de que, até o final de 2005, as exportações sejam responsáveis pela duplicação do volume de equipamentos produzidos.

Atualmente, a Tron produz 15 mil unidades de relês por mês que são vendidos em todo o Brasil. Essa produção posiciona a empresa como uma das primeiras no ranking nacional.

Para assegurar a boa aceitação no mercado externo, todos os produtos estão sendo certificados de acordo com as normas nacionais, européias e americanas. "Também estamos padronizando nossas embalagens de acordo com as exigências européias", afirma o Fonseca.

Ano passado, a empresa também implantou, em sua linha de produção, a mais moderna tecnologia de montagem em superfície (SMD) robotizada. "O resultado foi o aumento em 100% da produção", comemora o diretor.

Como reconhecimento dos investimentos constantes em tecnologia, a empresa recebeu, em 2003, o prêmio Finep de Inovação Tecnológica no Nordeste, nas categorias produto e empresa. "Procuramos investir na produção de artigos sem similar nacional", revela o diretor. Esses equipamentos também são produzidos com a utilização das marcas de empresas multinacionais, fidelizadas à Tron.

Atualização dos dados cadastrais

A Fiepe, através da sua Unidade de Competitividade Industrial – Compi, e com o apoio do Sebrae/PE, está atualizando os dados cadastrais das empresas do parque industrial de Pernambucano. O objetivo é reunir dados a fim de incluir as empresas no Cadastro Industrial de Pernambuco – 2003/2004. Em função disso, o Compi solicitou ao Simmepe o cadastro de suas associadas que será obtido através do preenchimento de um questionário. Para facilitar o preenchimento do formu- lário, a diretoria do sindicato enviou e-mail com anexo do questionário. Em caso de dúvida, contatar a Fiepe/Compi, 3412.8481/8480, Sr. Gustavo Albuquerque.