Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Simmepe divulga acordo da Convenção Coletiva de Trabalho

Chegaram ao fim, no mês de setembro, as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho referente ao ano de 2002. Ao todo, foram realizadas seis rodadas de discussão entre as Comissões de Negociação, sendo, ao final, aprovadas 88 cláusulas pela Assembléia Geral Extraordinária (AGE). Destas, 86 figuram como remanescentes da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) passada. Segundo o assessor jurídico do Sindicato, José Otávio, a CCT de 2001 foi repetida integralmente, com exceção de duas cláusulas de repercussão financeira (reajuste e piso salariais) e a exclusão de um outro ponto referente à comissão de negociação prévia.

Além desses, outros dois novos itens foram introduzidos. Eles abordam o compromisso das empresas de tratarem a água consumida pelos trabalhadores e o comprometimento dos associados em fornecerem a relação nominal dos funcionários contribuintes do imposto sindical. Com relação às cláusulas salariais, ficou acordado na convenção um reajuste de 9,2% para os salários de até R$ 2 mil e um valor fixo de R$ 184,00 para os salários superiores a R$ 2 mil. A decisão foi baseada na reposição do poder aquisitivo da categoria.

Ainda pelo acordo, os pisos salariais dos não qualificados foram fixados em R$ 247,56, para as empresas com até 200 empregados, e R$ 290,40, para as empresas que possuem mais de 200 funcionários. Para os profissionais qualificados, os mesmos pisos foram acrescidos de 40%.

O único ponto excluído, que figurava na convenção passada, foi o que tratava do compromisso de se negociar uma comissão de negociação prévia. Outras dez cláusulas, inicialmente postuladas pelos trabalhadores, também foram retiradas da mesa de negociação, bem como duas propostas apresentadas pelo patronato.

A CCT decidiu manter o piso de ingresso para a formação profissional, permitindo às empresas admitirem funcionários que nunca tenham trabalhado no setor metalúrgico, com um piso especial correspondente a 80% do piso da categoria da empresa, pelo prazo máximo de 90 dias. Continuará sendo descontada mensalmente a contribuição assistencial de R$ 1,50 para os que recebem salário-base de até R$ 300,00 e de R$ 2,50 para os que ganham salários superior a R$ 300,00.

Ficou acertado ainda que as empresas deverão entregar ao Sindicato a relação nominal dos empregados que pagam a contribuição sindical compulsória, juntamente com o comprovante de recolhimento bancário da Caixa Econômica Federal.

Suape adota recomendação do MPT

A coordenação da Unidade de Apoio aos Sindicatos (UAPS) da Fiepe, encaminhou à diretoria do Simmepe ofício divulgando resolução do Porto de Suape, que atende a recomendação n° 02 de 11.04.2002 do Ministério Público do Trabalho. O documento regulamenta as condições que os usuários do porto devem obedecer para receberem e expedirem suas cargas quando no uso do cais.

A recomendação parte do princípio que as atividades de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais, bem como a segurança na estiva, entre outros, são regidas pela Norma NR-29, em vigor desde 17.12.97. Entre outras diretrizes, o documento estipula que seja proibida “a circulação na área do porto organizado por caminhões em condições precárias de uso e que desatendam o prescrito na NR-29, item 29.3.6 e seguintes, observando, especialmente, no que se refere ao transporte de cargas por caminhões ou carretas, que deverão ser peadas e fixas de modo a evitar sua queda acidental; os veículos deverão apresentar assoalho em perfeitas condições de uso e conservação; os veículos e vagões que transportam granéis sólidos devem estar cobertos, para trânsito e estacionamento na área do porto organizado; os veículos automotores utilizados nas operações portuárias que trafeguem ou estacionem na área do porto organizados devem possuir sinalização sonora e luminosa adequ adas às manobras de marcha-a-ré”.

Segundo a direção do porto, o transporte destinado/oriundo de Suape cabe aos usuários e, portanto, também cabe a eles a contratação e a responsabilidade pelo transportador. A administração portuária sugere que – em caso de impossibilidade de atendimento, parcial ou total, das recomendações – o transportador procure diretamente o Ministério Público do Trabalho.

Dúvidas poderão ser esclarecidas na Unidade de Apoio aos Sindicatos da Fiepe, através do seu coordenador, Marcos Esteves.

Simmepe corrige tabela de mensalidades

Cumprindo a decisão aprovada pela Assembléia Geral Extraordinária do Sindicato, o Simmepe está promovendo um reajuste de 30% nas mensalidades dos associados, incidente a partir de 1º de outubro. As atuais taxas, que desde agosto de 1998, estavam congeladas, passam a variar de R$ 78,00 a R$ 1.625,00. O aumento da contribuição associativa foi estipulado levando-se em consideração o percentual de elevação salarial conquistado pela categoria dos trabalhadores nos últimos quatro anos, com base na Convenção Coletiva de Trabalho.

Confira a correção na tabela abaixo:

Tabela de valor das mensalidades

Vigência a partir de 01.10.2002

Faixa

Nº de empregados

Mensalidade

Valor anterior (R$)

Valor atual (R$)

01

Até 20

60.00

78.00

02

21 a 50

90.00

117.00

03

51 a 100

147.00

191.00

04

101 a 150

185.00

240.00

05

151 a 200

258.00

335.00

06

201 a 250

355.00

462.00

07

251 a 300

480.00

624.00

08

301 a 500

660.00

858.00

09

501 a 1000

900.00

1.170.00

10

1001 acima

1.250.00

1.625.00

 

Simmepe encampa projeto de Coalizão Empresarial

Um dos reflexos do processo mundial de globalização é a necessidade de aglutinação de forças para formação de blocos ou grupos de pressão dentro da economia. Preocupada com esse contexto, a direção do Simmepe está propondo um projeto de coalizão empresarial para o setor eletro-metal-mecânico do Norte/Nordeste, que envolverá todas as associações sindicais da categoria, sendo lideradas pelo nosso Sindicato. A idéia é instituir um órgão com poder de representatividade e que ocupe espaços políticos de decisão.

Segundo o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, a iniciativa é de fundamental importância para a conquista de incentivos que visem a manutenção e o desenvolvimento do parque industrial das duas regiões. “A coalizão empresarial que esboçamos terá como base de seu dinamismo a vontade política das partes envolvidas. Seu funcionamento será respaldado por um colegiado formado pelos presidentes das entidades aderentes”, diz.

De acordo com o projeto, as reuniões serão realizadas em forma de rodízio, contudo, está previsto que a coalizão tenha necessariamente um local para funcionar, sustentado pelas entidades-membro, onde acontecerão encontros e debates. “Nossa meta é, sobretudo, o fortalecimento da atividade sindical como ponto de tensão e instrumento decisivo para a concretização de ações efetivas de fomento para o setor”, declara.

O projeto já foi apresentado com êxito no Ceará e na Bahia, contando agora com o apoio do Simec e do Simeb. No último dia 30, o presidente do Simmepe esteve em Belém, onde visitou o sindicato congênere do estado do Pará, o Simepa. O objetivo foi convidar a entidade paranaense a participar da iniciativa.

A formalização do projeto deverá ser concretizada por ocasião da Fimmepe’02/Mecânica Nordeste, oitava edição da Feira da Indústria Mecânica Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco, que contará com a presença de todos os presidentes dos sindicatos envolvidos.

Sindicato integra empresas associadas

O Simmepe está promovendo uma série de encontros entre os dirigentes dos grupos associados. A intenção é proporcionar uma maior interação e integração entre as empresas sindicalizadas, possibilitando assim a realização de negócios entre elas. As reuniões de trabalho são destinadas aos diversos segmentos específicos que compõem a associação sindical. A idéia está tendo boa aceitação entre os representantes das indústrias participantes do processo.

O ponto de partida para as reuniões aconteceu com a participação das empresas do setor metal-mecânico. Dois encontros já foram realizados por intermédio do sindicato. Dirigentes da Alcoa, Gerdau, Máquinas Piratininga e Musashi estiveram reunidos para um almoço de negócios, na sede do Simmepe. O objetivo da iniciativa é estreitar e fortalecer as relações comerciais entre as indústrias.

“Esse encontro é de fundamental importância. Oportunizou o compartilhamento de informações entre as empresas e trocas de experiências sobre as práticas das relações trabalhistas”, comentou a gerente de Recursos Humanos da Gerdau, Tereza Alves.

Ainda está sendo agendado pelo Simmepe um almoço com os grupos associados do segmento de esquadria de alumínio. A idéia é discutir propostas para que se possa obter a certificação do selo ISO 9000 para essas empresas.

Galvanisa aposta na ampliação e modernização da capacidade produtiv

Atuando no segmento de galvanização de metais desde 1981, a indústria Galvanisa, nos últimos quatro anos, decidiu ampliar seus negócios para atividades similares, como a fabricação de estruturas metálicas galvanizadas. A expansão dos produtos e serviços nasceu como uma alternativa para suprir a demanda do mercado.

Diante do crescimento, surgiu a necessidade de ampliação da capacidade instalada e modernização das instalações físicas, o que veio a acontecer este ano, com a transferência para a atual sede localizada na BR-101 Norte, em Igarassu. Com uma área total de 25 mil m2, a empresa implantou novas tecnologias nas linhas de produção, representando um incremento de 200% na capacidade produtiva e gerando, atualmente, 7.200 toneladas/ano em produtos variados.

Além de realizar tratamento de metais como zincagem a fogo, galvanização eletrolítica e estanhagem, a Galvanisa também fabrica estruturas metálicas galvanizadas para sub-estações, postes metálicos e ferragens eletro-mecânicas. Atualmente, 70% da produção é destinada aos estados das regiões Norte e Nordeste, ficando a menor escala para atendimento dos mercados do Sul e do Sudeste do país.

A diretora presidente, Deborah Bezerra, explica que com a ampliação e modernização resultante da relocalização, a indústria encontra-se melhor posicionada em relação à concorrência das empresas do Sul e Sudeste do país. Devido ao incremento tecnológico adotado na nova unidade e, conseqüentemente, com a redução dos custos operacionais, a Galvanisa se torna mais competitiva. “Dentro do atual cenário econômico nacional, são boas as nossas perspectivas devido, principalmente, aos altos investimentos que vêm sendo feitos no país nos setores de telecomunicações, construção civil e de energia elétrica”, destaca Deborah Bezerra.

Dentre os principais clientes da Galvanisa estão a Chesf, Eletronorte, Grupo Iberdrola, Embratel, TIM e Telemar. A ampliação e modernização vão permitir à indústria que ela possa desfrutar de uma posição privilegiada no mercado nacional, com relação a preço e qualidade dos bens e serviços. Diante dessa conjuntura, a Galvanisa já partiu para a obtenção do Certificado ISO 9000, processo que já está sendo implementado.