Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Simmepe realiza Missão Empresarial à Itália

O presidente do Simmepe, Alexandre Valença, liderou a Missão Empresarial que foi à Itália, junto com 12 componentes de empresas associadas, no mês de maio. Além de visitar a Feira Internacional da Indústria de Máquinas, Equipamentos, Robótica e Automoção (Lamiera), uma das mais importantes feiras do mundo e a mais representativa da Itália, a comitiva foi recebida por instituições representativas, como a Agência de Intercâmbio Internacional (Promos) – ligada à Câmara de Comércio de Milão, a Associação de Empresas Produtoras de Máquinas e Equipamentos da Itália (Ucimu) e pela direção do Consórcio ABC Abruzzo Business Center.

Confira mais detalhes na entrevista abaixo.

Simmepe Informa – Como o senhor avalia os resultados obtidos durante a missão empresarial à Itália?
Alexandre Valença – De imediato, não se fecha negócios, especialmente, quando se trata da indústria eletro-metal-mecânica. Mas, se isso não ocorreu de pronto, tenho a certeza de que estaremos registrando negócios interessantes para as empresas que enviaram representantes em nossa Missão e que, consequentemente, serão bons para Pernambuco. Máquinas e equipamentos modernos estão na mira de companheiros da Missão, além de boas parcerias de investimentos através de joint-venture que começam a despontar para o futuro. Na semana passada (entre os dias 26 e 29 de junho), recebemos um representante do Consórcio ABC, que veio, juntamente com associados do Simmepe, aprofundar as conversações e buscar realizar negócios com os italianos. Oportunidades existem e estamos envidando esforços por levar adiante nossos negócios com a Itália. Novas tecnologias, componentes e investimentos no Estado, estão na pauta de conversações.
Simmepe Informa – Como foi a reunião na Câmara de Comércio de Milão e a participação na Lamiera?

Alexandre Valença – Foi, sem dúvida, um dos pontos mais importantes da nossa passagem pela Itália. Do nosso encontro com a Câmara de Milão, mais, precisamente, com sua Agência de Promoções de Investimentos no Exterior – PROMOS, um fato ficou evidente: o Brasil que se faz conhecer e sempre está presente em qualquer intercâmbio é o do Sudeste, liderado por São Paulo.   

Falar sobre Pernambuco e o Nordeste, ressaltando suas potencialidades e oportunidades de negócios, sua infra-estrutura e mercado, soou como uma grande e surpreendente novidade para aqueles que se achavam presentes ao seminário que realizamos num salão secular do Pallazo D’Affari, na Piazza do Duomo, no centro de Milão. Somente nisso, já marcávamos um importante tento, dentro dos nossos propósitos.

Simmepe Informa – De que forma os associados foram beneficiados com a iniciativa?

Alexandre Valença – Em termos de benefícios aos associados, a PROMOS desempenhou um
importante e fundamental papel para o sucesso da nossa Missão. Graças a essa entidade, agendar visitas e rodadas de negócios com empresários italianos do segmento metal-mecânico – sobretudo os localizados na Região da Lombardia – transformou-se numa diferenciada facilidade. Para todos que participaram da Missão ficou claro que, ser apresentado pela PROMOS foi, sem dúvida, uma especial vantagem. Isso contribuiu de modo especial para o sucesso do nosso projeto.

Simmepe Informa – Quando surgiu a idéia de realizar uma Missão Empresarial à Itália?

Alexandre Valença – A iniciativa foi tomada a partir de uma conversa que tive com o embaixador do Brasil em Roma, Ministro Andréa Matarazzo, ocasião em que comparávamos o dinamismo das pequenas e médias empresas italianas e as dificuldades pelas quais passam essas empresas de mesmo porte no Brasil e, particularmente, no Nordeste. O embaixador falava com entusiasmo sobre a performance das empresas italianas e destacava a maneira como essas se fortaleceram, por meio da estratégia de se unirem em Consórcios. Deu exemplos importantes, como o do Consórcio ABC (Abruzzo Business Center). A entidade, localizada em uma região, que a princípio, não pode ser considerada a mais importante em se tratando de setor industrial, por estar distante do grande pólo de Milão, vem alcançando um estrondoso sucesso, traduzido por uma diversificada pauta de exportações, auferindo algo próximo de US$ 1 bilhão/ano com suas vendas ao exterior. O entusiasmo foi tamanho que terminei aceitando o desafio de empreender essa Missão.

Simmepe Informa – Quais são as perspectivas do Simmepe com relação a novas Missões Empresariais?

Alexandre Valença – O sucesso obtido com essa Missão à Itália e, particularmente, os negócios que se projetam na esteira desse sucesso, impulsionam-nos a planejar novas Missões, muito embora que ainda seja cedo para definir destino e época. Vamos, por enquanto, amadurecer nossas observações e negociações com os italianos e, depois, pensar em novos projetos dessa natureza.

Soprano desenvolve programa de segurança no trabalho

Um dos temas que ainda preocupam muitas empresas e afetam, negativamente, a capa-cidade produtiva está, cada vez mais, na pauta de prioridades das instituições associadas ao Simmepe – como evitar os acidentes de trabalho. Previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), esse tipo de acidente ocorre devido a falta da utilização ou do uso incorreto de equipamentos de proteção e do desrespeito à normatização operacional de algumas atividades. O acidente acarreta o afastamento do funcionário do posto de trabalho, onerando a empresa – obrigada a pagar o salário do empregado enquanto estiver afastado – e o funcionário, que pode sofrer graves lesões.

De acordo com a responsável pela área de Recursos Humanos, Gina Machado Barros Viana, todos os empregados recebem equipamentos adequados, para cada atividade, como luvas, protetor auricular e óculos de proteção, que evitam a possibilidade de acidentes durante a execução de algum trabalho: “Além disso, contamos com um médico especializado em medicina do trabalho, responsável pelos exames clínicos períodicos, e dois técnicos de segurança no trabalho”. Na avaliação dela, tamanho esforço pode ser refletido no aumento da motivação dos funcionários, o que vem acarretando melhores resultados na produção.

O advogado João Castro, que presta assessoria jurídica ao Simmepe e aos associados, esclarece que tais procedimentos visam neutralizar os riscos, no ambiente do trabalho, e estão inseridos dos artigos 154 a 201 da CLT. Ele alerta que, nas empresas do setor eletro-metal-mecânico, os cuidados devem ser redobrados, visto que são usados muitos equipamentos manuais que exigem maior atenção do operador. O funcionário deve se proteger dos ambientes insalubres com equipamento de proteção adequado a sua atividade, especialmente, profissões como soldador, torneiro mecânico e cortador de chapas metálicas.

Legislação proíbe venda de prensa mecânica sem itens de segurança

Os associados do Simmepe devem ficar atentos. A Câmara Setorial de Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) denuncia que apesar de serem proibidas desde fevereiro do ano passado, continuam sendo vendidas as prensas mecânicas com acoplamento para descida do martelo através de engate/chave ou similar.

Uns dos motivos que induzem muitos usuários a desobedecerem a lei é que a prensa tem um custo final muitas vezes menor do que a construída dentro dos padrões legais de segurança para o seu operador, ou seja, equipada com freio de embreagem.

A atual direção do sindicato também está empenhada em inibir a comercialização do equipamento e pede aos associados que, em cumprimento à legislação vigente, também se abstenham de adquirir esse tipo de equipamento ou, no caso de fabricantes, proíbam a sua exposição nas feiras ou exposições promovidas e apoiadas, oficialmente, pelo Simmepe ou Abimaq. Os empresários devem compreender que a proibição do uso do equipamento irregular é uma forma de proteger o funcionário dos acidentes no trabalho.

O Simmepe orienta aos associados à obediência a essa instrução, informando que quem não cumprir poderá ser penalizado, pois coloca tanto o fabricante quanto o usuário em situação de contravenção legal, visto que o Código de Defesa do Consumidor estabelece que a observância das normas brasileiras deve ser obedecida. Algumas empresas fabricantes de prensas com acoplamento para descida do martelo com engate mecânico de chaveta já estão sendo intimadas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo para os devidos esclarecimentos.

Ogramac lidera mercado de metalização de peças e componentes no Nordeste

o que faz uma empresa se tornar uma referência no seu segmento em tão pouco tempo? De acordo com a Ogramac Nordeste LTDA – empresa especializada em re-vestimentos metálicos, cerâmicos e anti-aderentes de peças e componentes, fatores como credibilidade junto aos clientes, investimentos em tecnologia, honestidade e mão-de-obra qualificada são de grande valia. E foram, exatamente, esses diferenciais que ajudaram a empresa da região de Campinas, em São Paulo, com filial em Suape, há cerca de dois anos, contabilizar aumentos sucessivos no faturamento.
Atualmente, a Ogramac, recém filiada ao Simmepe, é líder no segmento de revestimentos me-tálicos de peças e componentes na Região Nordeste e está entre as cinco principais empresas de metalização do País.

De acordo com o diretor-presidente da Ogra-mac, Flávio Camargo, a filial, em Suape, atende a mais de 100 clientes de toda a Região Nordeste, a exemplo da Gerdau, Alcoa, Alpargatas, Trinken, Petroflex, Petrobras, Rhodia e usinas de açúcar e álcool. São oferecidos os serviços de revestimentos metálicos, cerâmicos e anti-aderentes em peças e componentes que possuem as mais variadas finalidades. A metalização protege as peças e os componentes de máquinas e veículos de grande porte da abrasão, corrosão e da oxidação, tornando-os mais resistentes e com maior tempo de vida útil.

Para dar conta do recado, o empresário dispõe, em Suape, de uma equipe formada por profissionais capacitados, como engenheiros, metalizadores e pessoal de administração, além de contar com uma equipe de engenharia de materiais, na matriz, em São Paulo. “E a perspectiva é que o negócio cresça mais ainda”, diz Camargo. O empreendedor quer ampliar a área de trabalho e projeta investir cerca de R$ 3 milhões a curto ou médio prazo. Para tanto, espera contar com alguns benefícios fiscais junto aos órgãos estaduais e/ou incentivos federais para implantação de alta tecnologia no Nordeste.

Fundada em 1981, a empresa era uma sociedade industrial de prestação de serviços destinada à reforma de equipamentos agrícolas e à construção de ninhos para galinhas. No ano seguinte, iniciou contato com empresas de renome, porém ainda limitada a área agrícola, e passou a operar com soldas especiais e metalização, o que estimulou o crescimento.

Entre os anos de 1986 e 1989, inaugurou o novo prédio, com instalações modernas, e passou a fabricar equipamentos para banhos térmicos, colhedeiras e lava-doras de bulbos, além de adquirir máquinas especiais de metalização. Só em 1990, definiu seu campo de atividade, investindo, fortemente, em metalização.