Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Indústria tem indicadores positivos em 2001

A indústria eletro-metal-mecânica de Pernambuco vem se consolidando como um dos mais importantes segmentos da economia estadual. Nos últimos três anos, significativos investimentos foram feitos na implantação de novas empresas ou ampliação de unidades já existentes. Além disso, o segmento registrou, no último ano, crescimento em indicadores como vendas e número de postos de trabalho.

O total de investimentos realizados através do Programa de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco – Prodepe, no período de 1999 a 2001, foi de R$ 292,9 milhões, com a criação de 3,7 mil novos postos de trabalho.

Com isso, a indústria eletro-metal-mecânica foi o segundo ramo de atividade industrial que mais gerou empregos.

Nas vendas, o destaque ficou para o ramo da mecânica que registrou um crescimento de 37% no faturamento no período de janeiro a novembro de 2001, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Unidade de Pesquisas Técnicas da Fiepe.

O segmento também apresentou alta significativa na Variação do Pessoal Empregado: 20,6%.

Também na pesquisa da Fiepe, a indústria de Material Elétrico registrou crescimento positivo nas vendas totais de 3,6% no acumulado Jan/Nov-2001.

Esse ramo de atividade também foi destaque na pesquisa de produção industrial do IBGE que apontou uma alta 9,2% no período no mesmo período.

Diretoria faz 1a reunião

A primeira reunião de diretoria do Simmepe, realizada em 21 de janeiro, foi uma das mais concorridas da história da entidade. Na ocasião, foram discutidas as novas diretrizes que irão nortear as ações do sindicato nos próximos três anos.

Contratos de fornecimento de energia

O Simmepe alerta as indústrias eletro-metal-mecânicas do Estado par a necessidade de firmar contrato de fornecimento de energia com a Celpe, com o objetivo de atender às novas regras definidas pela ANEEL – Agência Nacional de Energia na Resolução n. 456/2000.Em janeiro, apenas 54%, das 1.500 indústrias de Pernambuco ligadas à rede de alta tensão haviam firmado o acordo.

"As empresas que não cumprirem a norma podem pagar uma tarifa de energia até três vezes maior do que a cobrada normalmente", alerta Breno Lobo, Gestor de Contratos da Celpe, que proferiu palestra no Simmepe.

Lobo ressalta que o processo de formalização do contrato pode trazer benefícios imediatos para as empresas. "Alguns clientes, ao procurarem a Celpe, tiveram informações sobre tarifas que os atenderiam melhor em seus atuais processos produtivos, proporcionando custos operacionais menores", afirmou.

Informações: 3217-6082 / 5404 / 5927.

Confraternização

A festa anual de confraternização do Simmepe reuniu, no último dia 28 de dezembro, dirigentes empresariais do setor industrial de Pernambuco e lideranças do Estado como o prefeito do Recife João Paulo, o deputado Federal Joaquim Francisco, ‘o presidente da FIEPE, Armando Monteiro Neto, e Kleber Dantas, presidente da AD-Diper. O evento aconteceu no salão de festas da sede do sindicato e contou com cerca de 150 convidados.

Indústrias ganham pólo

O Simmepe está dando andamento as negociações com a prefeitura do Paulista para a viabilização da aquisição de áreas no novo distrito industrial por empresas do segmento eletro-metal-mecânico. O objetivo é formar no local um pólo de cerca de 20 pequenas e médias indústrias, criando melhores condições para o intercâmbio de serviços e fornecimento de componentes. Mais informações podem ser obtidas com José Fontes, no Simmepe: 81 3423.8441/8744.

Nova fábrica da Aluminic

A Aluminic está implantando uma nova unidade em Pernambuco. A fábrica, que vai funcionar no complexo industrial e portuário de Suape, terá capacidade de produzir anualmente 25,6 mil toneladas de embalagens de alumínio e PVC, além de artefatos de papel. O investimento total no projeto é da ordem de R$ 20,8 milhões, sendo R$ 11,1 milhões financiados pelo BNDES. A Aluminic ocupa a terceira posição no ranking nacional e a primeira no Norte/ Nordeste no setor. A expectativa é de que a fábrica comece a funcionar no último trimestre de 2002 com cerca de 100 profissionais.

Setor dinâmico

Desde os primórdios de minha formação profissional, engenheiro mecânico, 1968, dediquei-me ao exercício pleno dessa atividade. Mais pela vocação, que me influenciou e levou ao vestibular, do que mesmo pelas oportunidades que me foram apresentadas logo após a minha graduação.

Naturalmente, o fato de ter permanecido durante 21 anos no Grupo Matarazzo em uma única unidade industrial, mesmo que com a responsabilidade de supervisionar outras, restringiu um pouco a minha visão sistêmica do setor. Sem, contudo, prejudicar a minha percepção do quão importante foi e é esse segmento no formato de um parque industrial esável, diversificado e, portanto, indispensável a qualquer economia que pretenda ser razoavelmente sustentável.

Hoje, dada a minha condição de Presidente do Sindicato das Indústrias Metal Mecânica e de Materiais Elétricos do Estado de Pernambuco – Simmepe – tenho dedicado mais tempo a reflexões sobre essa tese. E, mais que isso, conversado com empresários, professores, consultores, dirigentes de entidades públicas, companheiros de outros órgãos de classes, exatamente na expectativa de consolidar e ampliar essa percepção.

A indústria Metal Mecânica e a de Materiais Elétricos nunca foi uma indústria verticalizada. Produz para outras, da mesma forma que recebe parte de seus componentes de outras fábricas. Poucas são aquelas que produzem e já destinam o produto acabado para o consumidor final.

Nos dias atuais, com a intensificação da prática de terceirização, torna-se ainda mais forte essa característica, o que confere a cada fábrica um vínculo de grande complementaridade industrial, além de um traço germinativo importante.

Poder-se-ia dizer que esse fenômeno, hoje, atinge todos os segmentos do setor secundário. Isso é apenas uma meia verdade. Há indústrias que preservam até por razões de segredos industriais, de fórmulas e de outros motivos, a tradição de percorrer todo o processo, do começo ao fim, com alguns exageros de produzir suas próprias matérias primas e, não raro, as embalagens.

A especificidade do setor metal mecânico e de materiais elétricos está no fato de que são empresas, na grande maioria dos casos, intermediárias, fornecedoras de empresas montadoras, o que contribui para uma grande diversidade e especialidade, tornando tênue as concorrências predatórias.

METAS

Por isso, umas das minhas metas à frente do SIMMEPE é ampliar e interagir com os
trabalhos que já vêm sendo desenvolvidas pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – FIEPE, através de sua Unidade de Competitivi-dade pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco – AD- DIPER, pelo próprio SIMMEPE e pela ADENE- Agência de Desenvolvimento do Nordeste – se essa última conseguir sair do estado natimorto em que se encontra.

Essa sinergia e essa interação estarão a serviço de um melhor aproveitamento dessa singularidade setorial, que são a forte capacidade germinativa e o viés de complementaridade.
Esses fatores competitivos devem ser fortemente valorizados, não só para atração de novos investimentos, mas também para eventuais diferenciações na concessão de benefícios fiscais e gastos em pesquisas e projetos.

A privilegiada localização geográfica do Estado de Pernambuco, o fato de termos aqui um dos mais modernos e bem estruturados portos do país (Suape ), de contar com a existência de um tradicional parque industrial, diversificado e que eleva, continuamente, o seu padrão de qualidade, de nos situarmos eqüidistantes dos principais centros de consumo da Região, além da facilidade de acesso a qualquer outro mercado do país ou do mundo, anima-me continuar lutando por algumas bandeiras de meu antecessor, empresário João Sandoval.
Para exemplificar apenas uma de suas bandeiras,uma planta industrial voltada para a produção da chamada linha branca.