Associadas do sindicato terão apoio tecnológico e gerencial

O Simmepe, em parceria com o Núcleo de Competitividade Industrial Compi/Fiepe e Sebrae/PE, dará início no próximo mês de janeiro às ações do PróMetal, programa que visa apoiar o desenvolvimento tecnológico e gerencial das empresas associadas.

O objetivo do PróMetal, que deve reunir 15 participantes, é treinar gestores e capacitar as associadas do Simmepe visando a melhoria da qualidade dos seus produtos. “Até o final deste mês, estaremos firmando os contratos de adesão com as companhias envolvidas”, conta João Recena, consultor da Projetec, que está coordenando o projeto.
   

João Recena: capacitação das empresas
“O programa deverá oferecer às empresas condições para acompanhar o processo acelerado de inovações tecnológicas e econômicas através da transferência de tecnologia e com ações de capacitação e consultoria individual”, afirma.

Para dar início ao programa, foram realizadas d uas reuniões que contaram com a participação de representantes do Compi e das empresas interessadas. O primeiro, realizado no último dia 27 de novembro, na sede do Simmepe, marcou o lançamento do projeto, com exposição de Recena.

No encontro, as associadas definiram Gestão Comercial, Controle Financeiro e de Qualidade de Produtos como as áreas prioritárias para o PróMetal. Na segunda reunião, que aconteceu no último dia 9 de dezembro, três consultores especializados apresentaram propostas relativas aos pontos que serão trabalhados. “A repercussão foi excelente com aprovação de todo o conteúdo apresentado“, destaca ele.
Segundo Recena, cada empresa vãi investir apenas R$ 500,00 mensais durante seis meses por uma consultoria individual. “Esse valor equivale a apenas 20% do custo total do programa”, frisa o consultor.
Empresas que já são assistidas pelo Simmepe com programa de desenvolvimento tecnológico, como o grupo de fabricantes de esqua drias também poderão integrar o ProMetal.
 

PROCESSO
A capacitação incluirá a realização de treinamentos voltados prioritariamente para a competência das lideranças empresariais, desenvolvimento da cultura empreendedora; associativismo; gerenciamento administrado, financeiro, comercial e da produção e a formação e aprimoramento da mão- de- obra.

A coordenadora do Compi, Margarida Lima, acrescenta que o programa fortalece a participação dos líderes no processo de amadurecimento da organização setorial através da conscientização para a necessidade da continuidade do processo de aperfeiçoamento empresarial. “O desenvolvimento das lideranças será estimulado pela prática do processo participativo de planejamento e gestão”.
Outro ponto de destaque do ProMetal, é a informatização. “Esse projeto contempla ações para promoção da Tecnologia da Informação nas atividades gerenciais e fabris das indústrias co mo forma de garantir a sustentabilidade e competitividade das empresas”, fala a coordenadora.

Mais de 15 mil pessoas visitam a Fimmepe 2003 – Mecânica Nordeste

Foi um sucesso a 9ª edição da Fimmepe 2003 – Mecânica Nordeste que aconteceu de 20 a 24 de outubro no Centro de Convenções. Superando as expectativas, mais de 15 mil pessoas visitaram o evento que gerou negócios da ordem de R$ 20 milhões. Ao todo, foram mais de 150 expositores contra 100 no ano anterior, dos quais 55% vieram de São Paulo.

Este ano, o evento registrou um crescimento de 38% na área total, em relação a 2002, passando de 1,3 mil, para 1,8 mil metros quadrados. Além disso, o número de grandes empresas passou de oito para doze.

“Ao longo dos anos, o potencial de geração de negócios da Fimmepe tem sido cada vez mais reconhecido”, afirmou o presidente do Simmepe e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Alexandre Valença.

Ao longo dos últimos nove anos, o potencial de geração de negócios da Fimmepe 2003 tem sido reconhecido pelas centenas de empresas que já participaram como expositoras no evento. E es te ano não foi diferente. Os resultados positivos resultaram na satisfação dos expositores que, em sua maioria, já confirmaram a participação na edição de 2004. Para o diretor de Recursos Humanos da Alcoa, Luiz Bugardt, a Fimmepe se apresenta como uma excelente oportunidade para conhecer novos clientes e fornecedores. “A Fimmepe não só gera os negócios, mas também mostra o potencial de Estado, possibilitando também a atração de novos investimentos”, destaca ele.

Segundo o chefe de treinamento da indústria Heller, José Carlos Martinez, a feira realizada em Pernambuco é o espaço ideal para divulgar novos produtos no mercado nordestino. “O evento vem se firmando como oportunidade para ampliação de negócios já que reúne os principais clientes da Região”, ressalta.

Na opinião do gerente de vendas e marketing da Intertools, Sérgio Zapater, a feira coloca Pernambuco no cenário nacional como pólo industrial em função da forma organizada como apresenta o segmento.
Os resultados positivos alcançados na Fimmepe 2003 – Mecânica Nordeste também foram destacados pela empresa Veneza que representa em Pernambuco diversas indústrias do segmento eletro-metal-mecânico. A coordenadora de Marketing, Soraia Barbosa, ressaltou que a feira foi importante para a realização de grandes contatos e excelentes negócios. Ela também ressaltou a excelência do atendimento dado aos expositores pela organização do evento. Segundo Soraia, a empresa fechou grandes negócios na Fimmepe como a venda de máquinas, equipamentos e componentes das indústrias Esab, Starret, Weg, Gedore, Norton, e Philips. “Agradecemos a oportunidade de participar da feira e aguardamos a próxima”, afirmou”.

Caixa fecha operação de crédito durante a feira

Luiz Estácio, da Metal Facas, recebe o cheque

Em sua primeira participação na Fimmepe – Mecânica Nordeste, a Caixa Econômica Federal realizou várias operações de crédito para o financiamento de produtos expostos na feira. Um dos contratos fechados durante o evento foi o da Metal Máquinas, que produz facas e contra facas para o setor de plásticos. A indústria adquiriu uma máquina à empresa Deb’Maq, e ainda obteve recursos para capital de giro. O financiamento totalizou R$ 30,2 mil.

O gerente da Caixa, Cícero Moraes, entregou o cheque ao diretor da Metal Facas, Luiz Estácio, na presença do presidente do Simmepe e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Alexandre Valença, e dos diretores da Deb’Maq, Marcos Wanderley e Edson Marinho, no estande do sindicato.    

Os visitantes interessados em adquirir máquinas e equipamentos expostos na feira também tiveram à disposição as linhas de crédito do BNDES e do Banco do Nordeste, instituições que têm prestigiado a Fimmepe já a vários anos. Em seus estandes, técnicos e gerentes estavam à disposição para prestar esclarecimentos sobre os seus produtos e serviços, além de assistência aos empresários interessados em obter financiamento para aquisição de produtos expostos na feira.

Coalizão luta contra perda de incentivo do aço

O projeto de Rerforma Tributária que prevê a perda do benefício fiscal de crédito presumido do ICMS para as indústrias do segmento metal-mecânico que atuam em Pernambuco e Ceará foi o principal tema da reunião da Coalizão Empresarial Norte/Nordeste, que aconteceu no último dia 24 de outubro, na sede do Simmepe. O benefício é uma forma de compensar o custo do frete pago na compra de aços planos da região Sudeste do País. Os dois estados concentram 75% das indústrias desse segmento na região, sendo Pernambuco o maior produtor.

Para Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que também participou da reunião, isso vai representar aumento nos custos de produção e perda da competitividade para essas empresas. Para ele, com o fim do benefício, as pequenas empresas também deverão ser afetadas já que adquirem a matéria-prima de grandes grupos.

A Coalizão Empresarial do Segmento Eletro-metal-mecânico do Norte-Nordeste tamb ém está unindo-se à Associação do Aço do Rio Grande do Sul – AARS com intuito de mobilizar os empresários do setor e a classe política a fim de sensibilizar os senadores sobre esse problema, um vez que o mecanismo do crédito presumido também é utilizado pelas indústrias da região Sul.

Em recente encontro, em São Paulo, Alexandre Valença (presidente do Simmepe e da Coalizão) e José Antônio Martins (Presidente AARS/Marcopolo/Fiergs), ajustaram pontos da ação articulada incluindo, entre outros, visitas às bancadas do Norte, Nordeste e Sul, no Congresso Nacional, durante a votação da proposta.

Para Valença, somente uma ação política poderá garantir os benefícios que respaldam a competitividade da indústria metal-mecânica das regiões periféricas, que não dispõem de usinas siderúrgicas.

Durante a reunião da Coalizão, os empresários também demonstraram preocupação e descontentamento em relação à possibilidade de mudança na dat a limite para que os estados pudessem conceder incentivos fiscais às empresas interessadas em implantar ou ampliar a produção. O relator da reforma, senador Romero Jucá, quer retroagir o prazo, que era até 30 de setembro, para 30 de abril último. A mudança vai prejudicar as duas regiões mais pobres do País, que são representadas pela Coalizão Empresarial. A próxima reunião da Coalizão empresarial será realizada em fevereiro, no estado do Pará.

Adesão do sindicato do Estado do Tocantins

O Sindicato das Indústrias Eletro-Metal-Mecânicas do Tocatins é o mais novo integrante da Coalizão Empresarial do Norte-Nordeste. Fundada no ano passado, a entidade já reúne sindicatos empresariais desse segmento nos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Ceará e Pará. A adesão foi oficializada durante visita ao Recife de uma comitiva de empresários daquele estado no último mês de outubro.

Na ocasião, os representantes também conheceram a Fimmepe 2003 – Mecânica Nordeste que aconteceu de 20 a 24 de outubro, no Centro de Convenções. Durante sua estada na capital pernambucana, o presidente do sindicato, Mário de Castro, participou da última reunião da Coalizão, que foi realizada na sede do Simmepe, no último dia 24 de outubro. Em 2004, uma das reuniões da Coalizão deverá ser agendada para o Tocantins.