Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Renovação do Setor Produtivo


Sebastião Pontes Presidente do Simmepe

Comemorar 75 anos de história é um marco importante para qualquer instituição. Para o Sindicato das Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e de Material Elétrico, essa data reveste-se de um significado ainda maior pelo fato de coincidir com o novo ciclo de expansão que a indústria eletro-metal-mecânica de Pernambuco está experimentando, graças à chegada de um número considerável de novas empresas e de empreendimentos estruturadores de grande porte. Esses novos projetos apontam para a consolidação e o fortalecimento da indústria eletro- metal-mecânica como um dos mais importantes segmentos do setor industrial de nosso Estado e da Região. Esse novo ciclo expansionista vem fortalecer ainda mais o Simmepe, que, ao longo de sua história, sempre teve uma atuação destacada como representante da classe produtora, que, hoje, engloba em Pernambuco mais de 500 empresas e, aproximadamente, 12 mil trabalhadores diretos. Esse novo ciclo vem coroar uma trajetória marcada por realizações importantes em defesa dos interesses das empresas associadas, do segmento industrial que representa e do desenvolvimento econômico de Pernambuco. Desde a sua fundação, em 1934, a entidade, que teve o privilégio de contar com líderes de grande valor, nunca se furtou em posicionar-se não só em defesa dos legítimos interesses das indústrias que representa, mas também em defesa de importantes projetos visando à consolidação do parque industrial pernambucano.

Seguindo essa trajetória, o Simmepe fez história, destacando- se no cenário empresarial de Pernambuco e do Brasil graças ao pioneirismo e à inovação presentes em todas as ações que buscou desenvolver. Como resultado disso, a entidade ocupa, hoje, uma posição de prestígio em meio às entidades de âmbito estadual, regional e nacional. Estar à frente do Simmepe, neste momento histórico, representa uma grande honra e também uma grande responsabilidade, uma vez que me cabe, como líder da classe empresarial, coordenar as ações visando à consolidação da sindicato como uma entidade sólida e comprometida com as causas mais nobres de setor industrial pernambucano.

O setor eletro-metal-mecânico no Estado de Pernambuco

Fundição Pessoa de Queiroz, na década de 20. Posteriormente, foi adquirida por Menezes Irmãos e Cia, passando a chamar-se Fundição Santo Amaro
Reunindo capitais Brasileiro e Português, a Açonorte instalou-se em 1958 no município de Goiana. A siderúrgia foi vendida em 1965 ao Grupo Brennand que a transferiu para o bairro do curado, Jaboatão dos Guararapes

O segmento industrial metal-mecânico/eletro-eletrônico é um dos principais esteios da estrutura manufatureira de Pernambuco. Um diversificado conjunto de subsegmentos traduz sua grandiosidade e o seu dinamismo, destacando-se, entre os quais, os ramos da siderurgia (aço e alumínio), da produção de equipamentos pesados, estruturas metálicas, tratamento de superfícies, embalagens metálicas, bens de capital, autopeças, material de transporte, lâmpadas, material de radiodifusão e comunicação e equipamentos de informática, entre muitos outros. Sua importância pode ser medida, ainda, a partir da contribuição direta à formação de receitas para a União e o Estado.Segundo o presidente do EAS, a empresa já conta com encomendas de 22 navios o que garante a utilização de 100% de sua capacidade de produção até 2015. Essas embarcações, conforme explicou, necessitam ter pelo menos, 65% de componentes nacionais. “Em razão disso, consideramos importantes contarmos com fornecedores locai s. Estamos sempre abertos a realizar novos contatos e a prestar todas as informações que sejam úteis para que as empresas possam se qualificar para atender às nossas demandas”, afirma Bellelis.

 

Mola propulsora

Pela sua natureza e características, atribui-se maior importância ao segmento em face da sua capacidade germinativa e irradiadora de efeitos sobre os demais setores econômicos, transformando-o numa inigualável mola propulsora de desenvolvimento, uma verdadeira fábrica de fábricas, como se costuma dizer. Por isso, Pernambuco dispõe, nesse segmento, de um amplo leque de possibilidades econômicas.
Retrocedendo no tempo, registros dão conta de que até o início da década de 30 a economia pernambucana baseava- se no binômio agroindústria canavieira e manufatura do algodão. A escala de produção e as ramificações intra e intersetoriais garantiam, à época, a indiscutível liderança econômica do Estado no Nordeste.

 

Foi a partir daquele decênio em diante que o setor industrial começou a registrar um processo de diversificação de suas atividades. Entre outros fatores, a impulsão provinha da criação de normas que disciplinavam as relações entre patrões e empregados. Em meio a esse ambiente fértil, surgem, ainda que de forma precária, os primeiros empreendimentos do ramo metalúrgico.

Surgimento

Na década de 20, já funcionava no Recife a Fundição Pessoa de Queiroz, que, posteriormente, passou a se chamar Fundição Santo Amaro após ser adquirida por Menezes Irmãos e Cia. Em 1932, instala-se na capital pernambucana a “Fábrica e Fundição Capunga”,cuja “E. Lucena, Paes & Cia.”, tendo como proprietários Euclides Pereira de Oliveira Lucena e José Mendes dos Santos Paes.

Convém frisar, no entanto, que, no contexto econômico daquela ocasião, a metalurgia era absolutamente inexpressiva no Estado. Mas aqui se impõe registrar seu surgimento, em escala industrial, como o embrião do que hoje ela representa para a economia estadual. A partir da década de quarenta, contudo, a metalurgia começou a ganhar densidade em Pernambuco, com a instalação no centro do Recife, da Companhia Siderúrgica do Nordeste (COSINOR). Objetivava atender ao parque sucroalcooleiro da região, que em virtude da guerra na Europa não conseguia peças e equipamentos de reposição para as máquinas. Sua consolidação veio aos poucos até tornar-se o mais importante empreendimento sidero-metalúrgico do Norte e Nordeste do Brasil.

 

Mas o impulso maior dado à indústria metal-mecânica/ eletroeletrônica de Pernambuco veio com a criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959. De cerca de 1.600 projetos para a Região, aproximadamente 330 eram desse segmento. O Estado absorveu em torno de 125 deles. Tratando-se, em geral, de empreendimentos de grande escala, esses investimentos, em Pernambuco, foram responsáveis por um significativo aumento do número de empregos diretos criados pelos projetos aprovados.

 

Diversidade

Com efeito, a produção industrial desse segmento ganhou complexidade e diversidade dos anos 60 para cá, hoje compreendendo: laminados e perfilados de aço, vergalhões e arames para a construção civil, laminados e extrudados de alumínio, autopeças, caldeiras, moendas e destilarias, evaporadores, trocadores de calor, vigas de pressão, perfis, arames industriais, arames farpados, cabos de aço, cordoalhas, peças fundidas de metais diversos, pregos, grampos, parafusos, adornos, dobradiças, tubos e conexões, conjunto para irrigação, estruturas metálicas, esquadrias de ferro e alumínio, formas metálicas, tanques, caçambas, terceiro eixo, transportador mecânico, arames perfilados, galvanizados e formados, lã de aço, latas, rolhas metálicas, caixas e quadros, brocas, chicotes, molas e escapamento para veículos automotores, indústrias de equipamentos de cozinhas industriais, artefatos de aço inoxidável, turbinas eólicas, móveis e transportes. No segmento eletroeletrônico, Pernambuco dispõ e de um parque importante, oferecendo ao mercado equipamentos de telecomunicações, baterias secas, baterias automotivas, lâmpadas, relés e dispositivos temporizadores eletrônicos, equipamentos de comunicação, geradores de energia, fios condutores, painéis elétricos e dispositivos de comando, placas de circuitos impressos, materiais elétricos em geral, torres e antenas, entre outros itens.

 

No geral, a indústria metal-mecânica e eletro-eletrônica de Pernambuco vem dando, atualmente, sinais de grande vitalidade. Contando com um parque industrial diversificado, com mais de 500 empresas, entre grandes indústrias multinacionais e microempresas, que geram cerca de 15 mil empregos diretos, o setor prepara-se para experimentar um novo surto de crescimento e de avanço tecnológico que a consolidará como um dos setores industriais mais importantes do Estado.

 

O marco dessa arrancada é a instalação da Refinaria Abreu e Lima e do Estaleiro Atlântico Sul, no Complexo Industrial Portuário de Suape. A refinaria está em fase de implantação, enquanto o estaleiro está em operação e deverá entregar o primeiro navio em abril de 2010. A implantação desse projeto está criando um cluster naval em Suape, levando Pernambuco a entrar no mapa da indústria pesada nacional. naval e offshore de Pernambuco. Na lista das primeiras empresas, estão as indústrias de bens de capital Jaraguá, Daihatsu, RIP, Alphatec, Denini/ Codistil, EBSE, XCMG e indústrias de gases White Martins e IBG. Além disso, com a instalação da indústria argentina de aerogeradores Impsa e da RM Eólica, fabricante espanhola de torres, começa se formar no estado um pólo de equipamentos para geração de energia alternativa. Com isso, haverá uma crescente demanda para empresas pernambucanas que atuam nas áreas de estruturas metálicas, pinturas e tratamentos de superfícies, usinagem, ca ldeiraria, montagem e metalurgia, entre muitas outras. Mais de 30 empresas da Região já estão fornecendo produtos e serviços ao estaleiro. Além disso, empresas de outros estados e países já anunciaram interesse em integrar o polo de petróleo e gás,naval e offshore de Pernambuco.
Na lista das primeiras empresas, estão as indústrias de bens de capital Jaraguá, Daihatsu, RIP, Alphatec, Denini/ Codistil, EBSE, XCMG e indústrias de gases White Martins e IBG. Além disso, com a instalação da indústria argentina de aerogeradores Impsa e da RM Eólica, fabricante espanhola de torres, começa se formar no estado um pólo de equipamentos para geração de energia alternativa.

 

 

75 anos de história

O prédio da sede do Simmepe, adquirido em 1984 na gestão de Plínio Bezerra dos Santos e reformado na gestão de João Sandoval da Silveira, em 2001
O presidente do Simmepe, Antídio Mendonça (de óculos), em reunião na Federação das Indústrias de Pernambuco, em 1952

Por volta de 1934, em meio à efervescência política que marcou boa parte daquela década, mas num ambiente econômico de indiscutível progresso, organizou-se a “Associação dos Proprietários de Oficinas de Fundição em Recife”. Estava esboçado aí o que seria, a partir de 1939, o “Sindicato dos Proprietários de Indústrias Metalúrgicas em Recife”. Antes, porém, de receber a denominação com que é conhecido atualmente, esse órgão classista ostentou o título de “Sindicato das Indústrias de Fundição e da Reparação de Veículos e Acessórios de Recife”.

Esse nome lhe foi dado em razão de representar uma diversificada gama de categorias econômicas. Isso aconteceu em 17 de outubro de 1940.
Vinte e dois anos depois (29/10/62), a entidade passou por outra reestruturação, visando representar as categorias do 14º Grupo de Plano da Confederação Nacional da Indústria. Nessa ocasião, a entidade mudou seu nome para “Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Recife”. Até os anos 90, várias categorias se desligaram do Sindicato, em face de terem sido criadas suas respectivas representações.

Ao lado desse enxugamento setorial, o órgão classista experimentava uma fantástica evolução em sua abrangência geográfica. Assim é que sua base física, que até 1969 se restringia apenas ao Recife, foi estendida, em janeiro daquele ano, aos municípios de Arcoverde, Olinda, Paulista, Goiana, São Lourenço da Mata, Jaboatão, Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Cabo de Santo Agostinho e Palmares. A cobertura de todo o Estado de Pernambuco passou a ser feita em 19 de dezembro de 1980, por despacho do ministro do Trabalho, tendo em vista o crescimento e a interiorização da indústria estadual. A partir daí, foi-lhe conferida a atual denominação, “Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco”, que passou a adotar também a sigla “SIMMEPE”.

Durante essas sete décadas de história, pode-se demarcar pelo menos cinco fases que compreendem todo o período de sua existência: a fase de formação (1934/52); a fase de consolidação (1952/74); a fase de expansão (1974/81); a fase de preservação (1981/92); e a fase de renovação (1992/2009).A fase de formação do SIMMEPE foi marcada pelo idealismo, fato comum na história dessas organizações. Durante esse período, estiveram na presidência os associados Tércio Carneiro e Euclides Lucena.

A estruturação do Sindicato, por sua vez, levou algum tempo para se consolidar. O estatuto, por exemplo, consumiu cerca de 20 meses de discussão para ser aprovado, além de ter esperado um ano para ser reconhecido pelo Ministério do Trabalho. Tem-se como principal conquista desse tempo o disciplinamento, embora precário, do mercado pernambucano de sucata. Sem esse ordenamento, muitos empreendimentos metalúrgicos teriam sido inviabilizados.

Antídio Mendonça foi o presidente de toda a fase de consolidação. Durante esse período, especificamente em 1969, o Sindicato expandiu seus limites geográficos para além do Recife, passando a abranger onze outros municípios, e lutou incessantemente por uma solução permanente para a questão do suprimento de matéria-prima (ferro e aço) das indústrias metalúrgicas e mecânicas de Pernambuco. Para isso, o SIMMEPE fez coalizão com organizações que passavam por dificuldades idênticas em outros Estados e até mesmo em outras regiões. Concluiu-se, então, pela criação, em 1968, do sistema Cliente Uniforme (CIF), que por cerca de 22 anos foi o principal mecanismo de sustentação da indústria metalmecânica do Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste.

A fase de expansão abrangeu as administrações de Robert Mocock e Carlos Oliveira Lima. Dois fatos importantes marcaram esse período: a profissionalização do Sindicato, na proporção em que a organização do trabalho passou a merecer a atenção maior; e ampliação do quadro de associados, acompanhada de um extraordinário ganho de expressão política, uma vez que muitas das grandes empresas instaladas em Pernambuco com incentivos governamentais (principalmente por meio da SUDENE) filiaram-se ao SIMMEPE.

Na fase de preservação, ocuparam a presidência Plínio Bezerra dos Santos, Mário Conte e Celso Baptistella. Muitas conquistas marcaram essa fase, destacando-se o ganho de solidez financeira e o aprimoramento de suas relações com os metalúrgicos, que teriam sido inviabilizadas.

A etapa final, que é a fase de renovação do SIMMEPE, é compreendida pelo período que se iniciou na gestão de Armando de Queiroz Monteiro Neto, prosseguiu com João Sandoval da Silveira, foi consolidada no mandato de Alexandre Valença e está avançando, na atualidade, sob o comando de Sebastião Pontes. Seu fator determinante é o inconformismo em relação às atitudes e comportamentos prevalecentes, seja no setor eletro-metal-mecânico de Pernambuco, seja na economia industrial do Estado, seja ainda na atividade industrial como um todo.

Assim sendo, o Sindicato voltou suas atenções também para o ambiente externo, começando por conquistar a presidência da Fiepe, em 1992, o que aconteceu com a eleição de Armando Monteiro Neto, que atualmente exerce seu segundo mandato como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A conquista da Fiepe resultou de uma estratégia abrangente, que teve participação decisiva do empresário João Sandoval da Silveira. Convicto de que a presidência da entidade seria a melhor forma de se poder influir na CNI e nas instâncias de formulação e implantação das políticas industriais no País e no Nordeste, Sandoval trabalhou obstinadamente nas articulações que conduziriam Armando Monteiro Neto à presidência da Federação. A partir do êxito da estratégia adotada, os segmentos metalúrgico, mecânico e eletroeletrônico ganharam visibilidade e tiveram reconhecida sua densidade política.

A gestão de João Sandoval também ficou marcada por importantes realizações, como a capitalização financeira; a consolidação da credibilidade do sindicato, que passou a ter mais visibilidade e a exercer maior influência no ambiente externo; além da modernização e racionalização gerencial da entidade. Outro ponto de destaque foi o avanço nas relaçõescom o sindicato dos trabalhadores, o que proporcionou condições para a realização de negociações pacíficas, sem registro de conflitos de maior relevância. A criação da feira anual Fimmepe – Mecânica Nordeste, que completa 15 anos em 2009, consolidada como a maior feira de produtos industriais do Norte-Nordeste,

e a ampliação e modernização da sede do SIMMEPE são também realizações que marcaram a sua trajetória como dirigente do Sindicato.
Outra conquista de extrema importância para as indústrias metal-mecânicas foi o diferimento do ICMS para os aços planos. Com isso, obteve-se a compensação do custo do transporte na compra de aços planos às siderúrgicas localizadas no Sudeste, em substituição ao CIF – Cliente Uniforme, extinto pelo governo Collor.

Ao longo de sua gestão, Sandoval também levantou importantes bandeiras em defesa do setor produtivo do País. Em todas as instâncias possíveis, fez veementes críticas à falta de uma reforma tributária eficaz, ausência de uma política industrial efetiva e rigidez da legislação trabalhista que inibe a geração de empregos. Nos mais diversos fóruns de debates, também levantou a voz contra a extinção da Sudene e a falta de uma política de desenvolvimento específica para o Nordeste.

Consolidando a fase marcada pela renovação, o SIMMEPE, em 2001, passa a ser liderado pelo empresário Alexandre Valença que assume a presidência da entidade com o compromisso de trabalhar com o objetivo fortalecer a cadeia produtiva da indústria eletro-metal-mecânica de Pernambuco e da Região. Já em 2002, Valença idealizou e fundou a Coalizão Empresarial do Segmento Industrial Eletro-Metal-Mecânico das Regiões Norte e Nordeste, da qual foi o primeiro presidente. Em pouco tempo de existência, a entidade obteve importantes conquistas, como a criação, pela CNI, do Comitê Setorial de Aços, com o objetivo discutir a regularização do abastecimento do mercado interno. O trabalho da Coalizão colocou o SIMMEPE mais uma vez em evidência e culminou, em 2003, com a nomeação do presidente Alexandre Valença como titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico do governo Jarbas Vasconcelos, cargo que passou a exercer cumulativamente ao de presidente do Sindicato.

Nos anos seguintes, Pernambuco conquistou empreendimentos estruturadores que estão sendo os principais responsáveis por uma expansão econômica jamais vista ao longo da história do Estado: o Estaleiro Atlântico Sul e a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima. Esses projetos representaram um marco do início de um novo surto de crescimento e de avanço tecnológico, que consolidará a indústria eletro-metal-mecânica de Pernambuco como uma dos setores industriais mais importantes do estado. Além disso, instalou-se no estado a indústria de aerogeradores Impsa, que representa um marco na formação de um pólo de equipamentos destinados a geração de energia eólica.Diante dessa nova realidade, o SIMMEPE voltou suas atenções à necessidade de estimular a capacitação das empresas pernambucanas para integrarem as novas cadeiasprodutivas que surgiriam em Pernambuco.

Como parte dessas ações, foi iniciado o desenvolvimento de programas de capacitação tecnológica e gerencial, como o Prometal. O Sindicato também intensificou a realização de missões empresariais com o objetivo de possibilitar a participação de executivos de empresas associadas em feiras e rodadas de negócios no Brasil e países como a China, Coréia e Holanda.

Em 2007, o empresário Sebastião Pontes foi eleito como novo presidente do SIMMEPE com a proposta de dar continuidade ao processo de criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento das indústrias do setor eletro-metal- mecânico e a sua inserção nas cadeias produtivas dos projetos estruturadores em implantação no Estado. Nesse sentido, o Sindicato, nos últimos anos, não tem medido esforços no sentido de dar condições para que o maior número possível de empresas locais possam identificar as oportunidades de negócios nas áreas naval e de petróleo e gás.

Como parte desse trabalho, o SIMMEPE firmou parceria com a Fiepe, Sebrae, IEL, Senai, Sesi e Prominp, a fim de desenvolver ações para identificar o potencial das indústrias locais e definir as etapas a serem vencidas objetivando habilitá-las como fornecedoras da refinaria e do estaleiro.
Também visando à capacitação dos empresários, o SIMMEPE mantém seu programa de promoção de missões empresarias a eventos nacionais e internacionais, como a Feira Lamiera, em Bolonha, na Itália, onde representantes de 16 empresas associadas tiveram a oportunidade de conhecer as mais recentes tecnologias aplicadas às indústrias do setor. Cumprindo mais uma das propostas da atual gestão, o Sindicato intensificou a conquista de novos associados. Dessa forma, mais 33 empresas filiaram-se à entidade nos últimos dois anos.

Atualmente, o SIMMEPE situa-se entre os três grandes sindicatos patronais do Estado. Isso, pela dimensão do quadro de seus associados, pelo grande espectro da representação, pela força propagadora das empresas, pela capilaridade espacial e setorial dos produtos e serviços da categoria econômica.

O fundamental, entretanto, é que a importância do Sindicato decorre da contribuição objetiva dos setoresmetalmecânico e eletro-eletrônico para o conjunto da atividade econômica, isto é, dos impactos que têm na drenagem da produção de alguns segmentos e na irrigação de outros, sejam agropecuários, industriais ou de serviços.

Gratifica e estimula, por certo, o reconhecimento público desse papel e da competência com que se tem havido a correspondente organização sindical. O septuagésimo quinto aniversário, portanto, carrega a oportunidade de pôr-se em relevo a importância socioeconômica e política do SIMMEPE como entidade comprometida com o que há de mais moderno, criativo e dinamizador.

Mecânica Nordeste completa 15 anos

Os bons resultados obtidos ao longo dos anos contribuíram para a projeção do evento no mercado nacional e internacional. Dos 150 expositores, em média, que participam da Fimmepe todos os anos, cerca de 40% são de outras regiões do País

No ano do seu septuagésimo quinto aniversário, o SIMMEPE ostenta, entre as inúmeras conquistas alcançadas ao longo de sua gloriosa história, o orgulho de comemorar, simultaneamente, os 15 anos da Fimmepe/Mecânica Nordeste. Realizada pela primeira vez em 1995, a feira vem se consolidando a cada ano como o mais importante evento da indústria do Norte/Nordeste do País, desempenhando relevante papel como instrumento de modernização da indústria regional, ao mesmo tempo em que oferece oportunidade de divulgação para as empresas e os seus produtos. Essa façanha do SIMMEPE se reveste, ainda, de maior significado, porque vem desmistificar a crença cristalizada de que Pernambuco não reunia dimensão suficiente para sediar um evento dessa natureza, pois, anteriormente, grandes empresas especializadas no ramo de eventos já haviam tentado organizar feiras semelhantes no Estado sem conseguir continuidade e êxito na empreitada. Sob a promoção e organização do SIMMEPE, os bons resultados obtidos ao longo desses 15 anos contribuíram para a projeção do evento nos mercados nacional e internacional. Com efeito, dos 180 expositores, em média, que participam da feira todos os anos, cerca de 80% são de outras regiões do País. São empresas que trazem, para Pernambuco, máquinas, equipamentos e componentes de última geração, contribuindo, assim, para a modernização da indústria do Nordeste.

 

Ao lado dos muitos expoentes da indústria brasileira, participa, também, um número expressivo de empresas nordestinas, sobretudo de Pernambuco, que ocupam posição importante na cadeia produtiva do setor eletro- metal-mecânico do Estado. A Fimmepe é o resultado da destacada visão de futuro de empresários pernambucanos, como o seu criador, e ex-presidente do SIMMEPE, João Sandoval da Silveira, que esteve à frente do evento durante sete anos e, bem assim, do atual presidente deste órgão, o empresário Sebastião Pontes, que vem implementando importantes ações para a sua consolidação. Uma das razões do sucesso da feira está no direcionamento dado pelos organizadores. Os dirigentes do SIMMEPE não consideram o evento como uma fonte de lucro para o Sindicato, mas como um instrumento de promoção da economia de Pernambuco por meio da valorização
da sua indústria eletrometal- mecânica. Além disso, fizeram do evento um importante meio de integração entre clientes, fabricantes, fornecedores, bancos e órgãos governamentais de desenvolvimento. Por tudo isso, o SIMMEPE olha para o futuro dessa feira com redobrado otimismo, principalmente no momento em que a economia brasileira inicia um novo ciclo de crescimento puxado também pelo setor industrial. No aniversário de 15 anos da Fimmepe, ocasião em que se espera um dos melhores resultados de sua história, o SIMMEPE quer partilhar com o setor industrial pernambucano asatisfação de comemorar a consolidação dessa sua iniciativa de grande alcance para o desenvolvimento
de Pernambuco e agradece a todas as empresas e instituições que de alguma forma contribuíram para a sua trajetória de sucesso.