Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Refinaria qualifica indústrias do setor eletro-metal-mecânico


O presidente do Simmepe, Sebastião Pontes, o vice, Alexandre Valença, e o presidente da refinaria, Marcelino Guedes

A Refinaria Abreu e Lima, em parceria com o Instituto Euvaldo Lodi, a Federação das Indústrias de Pernambuco e o Simmepe, vai dar início a um programa para capacitar e qualificar indústrias do segmento eletro-metal-mecânico de Pernambuco. O objetivo é preparar as empresas para integrarem a cadeia produtiva do setor de petróleo e gás que está surgindo no Estado a partir da instalação da refinaria.

 O projeto deverá contemplar também outros segmentos industriais, uma vez que ele é dividido em vários subprojetos. Um deles será específico para a indústria eletro-metal-mecânica e deverá beneficiar 15 empresas. Haverá ainda um subprojeto para capacitação de empresas que atuarão na prestação de serviços de manutenção da refinaria. Também nesse grupo, que contemplará 10 empresas, poderá ter a participação de indústrias eletro-metal-mecânicas.

 “Em nenhum lugar do Brasil estão chegando tantos investimentos estruturadores como em Pernambuco. Esses grandes empreendimentos que estão chegando vão gerar muitas oportunidades tanto para empresas de fora como para as locais. E, no Estado, o setor que mais tem potencial para se adequar mais rapidamente a fim de se inserir nessas novas cadeias produtivas que estão surgindo é a indústria eletro-metal-mecânica”, afirmou o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes.

Segundo ele, para aproveitar essas oportunidades, o setor precisa ser fortalecido. “O programa que estamos lançando tem o objetivo de estimular as empresas pernambucanas a se prepararem para essa nova realidade. E isso tem que acontecer rapidamente, uma vez que as oportunidades têm prazo de validade”, destaca.

Segundo Gilane Lima, superintende regional do IEL, as instituições parceiras irão investir cerca de R$ 2,3 milhões. Além disso, haverá a contrapartida das empresas participantes, cujo percentual ainda está sendo definido. O convênio com a refinaria deverá ser assinado ainda em dezembro, e o programa deverá começar no início de 2012. O prazo de duração é de dois anos. Nesse período, o programa prevê a realização de consultorias, capacitações e missões empresariais a eventos e polos industriais ligados ao setor de petróleo e gás.

O Simmepe vai atuar procurando identificar as prioridades das empresas do setor objetivando a estruturação do currículo do programa. Além disso, o sindicato terá papel fundamental na mobilização das empresas do setor por meio de um trabalho de conscientização sobre a importância da capacitação para o aproveitamento das oportunidades que estão surgindo. “As empresas que se modernizarem por meio desse programa estarão se habilitando não só para atuar no setor de petróleo e gás, mas também nas outras cadeias produtivas que estão se estruturando, como a naval e a automobilística”, afirmou Sebastião Pontes, presidente do Simmepe.

 

 

Sindicato conquista novas empresas associadas

Devido à sua atuação em defesa dos interesses da categoria, bem como pelos serviços que presta às empresas, o Simmepe vem conquistando cada vez mais associados. As filiadas em 2011: Icosan Serviços e Construções, Mercotubos Nordeste, Plain Locações e Serviços, Vita Esquadrias e Vidros e Voges Metalurgia.

Feira Mecânica Nordeste supera expectativas dos expositores

Sebastiâo Pontes, presidente do Simmepe (E), e Jorge Corte Real, presidente da Fiepe (D), na inauguração da Feira

As empresas aproveitaram a feira para realizar palestras no auditório para os seus clientes

 A 17ª edição da Mecânica Nordeste – Fimmepe, realizada de 17 a 20 de outubro, no Centro do Convenções de Pernambuco, superou as expectativas e trouxe resultados bastante positivos para expositores e visitantes. Representantes de empresas de todo o País se surpreenderam com o fluxo de pessoas registrado nos quatro dias da feira. O público era composto por empresários, engenheiros, técnicos e estudantes que garantiram a conquista de novos clientes e abriram oportunidades concretas de negócios futuros. A estimativa é de que, durante os quatro dias de feira, tenham sido gerados cerca de R$ 200 milhões em negócios.
“Os resultados alcançados revelam que a Mecânica Nordeste está consolidada como instrumento de promoção de negócios”, afirma Sebastião Pontes, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco – Simmepe, entidade promotora do evento. Segundo ele, inúmeras empresas já reservaram espaço para o evento do próximo ano, demonstrando, com isso, que os resultados alcançados foram satisfatórios. O evento também se apresentou como portal de entrada para as empresas interessadas em se tornarem fornecedoras dos grandes empreendimentos que estão se instalando em Pernambuco. O estaleiro Atlântico Sul e a refinaria de Petróleo Abreu e Lima, por exemplo, participaram com estandes na feira com o objetivo de fazer contatos com as empresas potenciais fornecedoras de produtos e serviços.
Fimmepe, que é o mais importante evento destinado ao segmento industrial do Norte/Nordeste, reuniu cerca de 250 expositores incluindo indústrias de máquinas, equipamentos e ferramentas de vários Estados do País, os quais aproveitaram o momento de expansão vivido pelo mercado nordestino para ampliar seus negócios na Região.
Foram apresentados produtos de alta tecnologia, como robôs que realizam tarefas de alta precisão e um simulador de solda que permite a formação de profissionais em menos tempo e com custos reduzidos.
 

Muitos negócios na Fimmepe 2011

Os expositores que participaram da Mecânica Nordeste – Fimmepe 2011 ficaram muito satisfeitos com o volume de negócios realizados durante a feira. Para eles, os resultados alcançados foram muito satisfatórios o que levou a grande maioria a garantir participação no evento do próximo ano.
Este foi o terceiro ano consecutivo que nós participamos e temos observado que, a cada ano, conseguimos obter resultados melhores. Fechamos a feira com seis equipamentos vendidos e mais expectativas de negócios para a semana seguinte”, disse o gerente da Vitor & Buono, Daniel Cobra. A expansão dos resultados obtidos na feira também vem sendo observado por Edson Marinho, diretor comercial da Deb’Maq, que participa da Fimmepe desde a 11ª edição. Ele revela que, em virtude dos resultados alcançados, a empresa está estudando a possibilidade de participar anualmente da feira, e não mais bianualmente.
Esta edição da feira também foi surpreendente em matéria de visitação e de negócios para Marcos Fonseca, gerente regional do Grupo Bener. “Os negócios foram ótimos. Para a próxima feira, estamos em busca de um estande maior. Traremos mais máquinas e mais novidades para o mercado”, disse Fonseca.
Essa expansão da feira já está sendo observada pelo diretor da Marax Nordeste, Maximiano Gomes. Para ele, os resultados da Fimmepe estão melhorando a cada ano. “A feira está em um caminho de ascensão muito bom”, disse. Para a edição do ano que vem, ele já garantiu presença.
Outra empresa que também estará na Mecânica Nordeste em 2012 é a Sua Solda. Raí Silveira, diretor comercial, afirma que a feira deste ano foi uma ótima oportunidade para os visitantes fazerem orçamentos e fecharem negócios. “Nós começamos a participar da feira no ano passado, e os resultados foram extremamente satisfatórios”, destaca.
O público visitante também chamou a atenção dos participantes. De acordo com Marcelo Pruaño, diretor comercial do Grupo Mega, que também participou da Fimmepe ano passado, a feira recebeu um público qualificado. “Nós percebemos que durante os quatro dias da feira tivemos bastante clientes interessados em conhecer novas tecnologias e em fazer investimentos. Segundo Pruaño, já está nos planos da empresa participar novamente da Fimmepe.
Belmiro Correia, representante da indústria Schulz, afirma que ficou muito satisfeito com as visitas em seu estande. “Foi um público especializado que sabe o que está procurando. Isso é muito importante”, afirma. De acordo com ele, sua expectativa era de agendar contatos para negócios futuros, contudo, para sua surpresa, vários equipamentos foram negociados durante a feira.
Javert Lamartine, gerente regional de vendas da Parker Haniffin, observou que a feira deste ano registrou não só um maior número de participantes e de estandes, mas também melhor qualidade dos expositores. Ele revelou que a feira tem sido uma ótima oportunidade de estreitar o relacionamento com os seus clientes e por isso já reservou espaço para o evento do próximo ano.
Os negócios também foram muito bons para Ronaldo Santana, técnico comercial da Sew Eurodrive, que, em 2012, estará de volta ao Recife. Ele parabenizou a organização pela escolha do horário de funcionamento do evento, que, para ele, favoreceu a visitação dos clientes. Segundo Lázaro Medeiros, representante da indústria Iscar, a feira foi uma ótima oportunidade não só de divulgar os produtos, mas também de conquistar novos clientes. “Fomos muito bem visitados, inclusive por pessoas que ainda não conheciam nosso produto”, afirmou Medeiros.
O gerente comercial da Atlasmaq, Roberto Coelho, afirmou que fez muitos contatos e cotações de preço durante a feira, o que abriu a perspectiva de fechamento de muitos negócios após o evento. Para o ano que vem, ele disse que há uma grande chance de participação da Atlasmaq. “Já é a terceira edição de que nós participamos e, se estamos retornando, é porque é um bom negócio”.

 

Indústria Eletro-Metal-Mecânica do Estado ganha destaque na economia

O segmento Eletro-Metal-Mecânico de Pernambuco caminha para ocupar uma posição de destaque na economia do Estado como jamais ocorreu ao longo de sua história. Esse segmento industrial é um dos sustentáculos da estrutura manufatureira. Em virtude de sua capacidade germinativa e irradiadora de efeitos sobre os demais setores econômicos, atua como uma inigualável mola propulsora do desenvolvimento e contribui, de forma decisiva, para a atração de novos investimentos e ampliação da base industrial.
No Estado, ela teve a sua origem histórica com o surgimento de pequenas indústrias para produção de peças e equipamentos de reposição para usinas de açúcar, fato que a classifica como uma atividade tradicional. Somente na década de 40 é que o segmento começou a ganhar densidade em Pernambuco com a instalação da primeira grande usina siderúrgica regional, a Companhia Siderúrgica do Nordeste – Cosinor. O grande impulso, porém, veio com a criação do programa de incentivos fiscais e financeiros federais, por meio da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, em 1959. Nessa época, cerca de 1.600 projetos atraídos para a Região com base nos incentivos fiscais oferecidos pela autarquia, aproximadamente 330 eram desse segmento, dos quais o Estado absorveu cerca de 125.
Atualmente, com a chegada de empreendimentos estruturadores de grande porte e empresas satélites, o segmento se prepara para experimentar uma expansão de larga escala. “Nos próximos 10 anos, o setor deverá se consolidar como o carro-chefe na composição do Produto Interno Bruto (PIB) Industrial do Estado”, afirma o economista Girley Brazileiro, secretário executivo do Simmepe.
Entre os empreendimentos que estão alavancando esse crescimento, destacam-se, na linha de frente, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima (Petrobrás)  e o Estaleiro Atlântico Sul, pioneiro do Polo Naval que se instala no Estado, além de inúmeros outros projetos, como a indústria de aerogeradores Impsa e fabricante de torres RM Eólica, que deram início à formação de um outro importante polo, o de equipamentos para geração de energia alternativa no Estado.
Mas a revolução de novos investimentos não para por aí. Outros grandes projetos serão implantados. Só de estaleiros serão mais três: Promar, CMO e Navalmare. Tem ainda a Companhia Siderúrgica Suape e o complexo automobilístico da Fiat, que, nesse caso, projeta para o Estado pelo menos 50 fornecedores, os chamados sistemistas (integrados fisicamente à montadora) que  demandarão produtos e serviços de indústrias menores localizadas no Estado.
Fora isso, a cada reunião, o Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) vem aprovando incentivos fiscais para novos investimentos no setor. Na reunião de julho, por exemplo, dos 30 projetos aprovados 9 eram do setor Eletro-Metal-Mecânico, incluindo pequenas, médias e grandes empresas. Tudo isso, ao mesmo tempo em que compõe um cenário bastante otimista, também traz à tona desafios importantes para as indústrias do setor. “As empresas necessitarão investir em qualidade e atualização tecnológica a fim de ter condições de atender às novas demandas que estão surgindo”, afirma Brazileiro.
Nesse sentido, o Simmepe, desde 2006, quando foi confirmada a vinda para Pernambuco do Estaleiro Atlântico Sul, vem empreendendo esforços no sentido de criar condições para que as empresas pernambucanas possam se preparar para aproveitar as muitas oportunidades que estão surgindo. “Temos um papel fundamental a desempenhar no trabalho de inserção das empresas do setor nas novas cadeias produtivas que estão surgindo no Estado”, afirma Sebastião Pontes, presidente do Simmepe. Como parte desse trabalho, ele cita que o sindicato vem desenvolvendo ações para identificar o potencial das indústrias locais e definir as etapas a serem vencidas para habilitá-las como fornecedoras dos grandes empreendimentos estruturadores.
Também visando à capacitação dos empresários, mantém seu programa de promoção de missões empresariais a eventos nacionais e internacionais, nos quais os empresários associados têm a oportunidade de conhecer as mais recentes tecnologias aplicadas às indústrias do setor.
Pontes ressalta que, nesse trabalho, tem sido fundamental o apoio de parceiros como a Petrobrás, o Sebrae e o Sistema FIEPE, por intermédio do IEL, Senai e Sesi.