Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Metalúrgicos assinam acordo coletivo nacional para o setor naval

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) e o Sindicato Nacional da Indústria Naval assinaram um acordo nacional, ontem (3), para unificar direitos trabalhistas da categoria. O termo de compromisso estipula um prazo de 6 meses para a construção de um contrato que prevê a equiparação do piso salarial e das condições de trabalho do setor naval.
Edson Carlos da Silva, coordenador do setor naval na CNM, afirma que a categoria quer criar uma convenção coletiva e única em que algumas cláusulas sejam iguais para todos os trabalhadores do Brasil. Em Niterói, no Rio de Janeiro, um trabalhador da indústria naval recebe, no mínimo, R$ 2500. Já no estado do Rio Grande do Sul, em média, o piso é de R$ 1400.
“A diferença chega a R$ 1000 de região para região. É com essa disparidade que a gente quer acabar”, afirma Edson. Com relação aos tíquetes de alimentação, o sindicalista pontua que os valores diferem “muito” em cada região do país. “Na região sudeste, o trabalhador recebe um valor, no sul, outro, e, no norte do Brasil, nem se fala, não tem o tíquete”, diz.
Nos últimos 14 anos, o setor cresce, em empregabilidade, 16% ao ano. Em 2000, contava com 1900 postos de trabalho. Hoje, emprega 70 mil trabalhadores, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A Política Nacional de Fortalecimento do Setor Naval, implementada em 2002 pelo ex-presidente Lula, impulsionou o investimento na produção de petróleo e gás.
Paulo Cayeres, presidente da CNM, ressalta que o contrato vai permitir o acompanhamento da situação da categoria para que “nenhum trabalhador seja penalizado na construção do nosso país.”

simmepe 05