Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Equipamento local deve ser utilizado no Pré-Sal

Pernambuco produzirá, pela primeira vez, um módulo da plataforma de petróleo do tipo FPSO (do inglês Floating Production, Storage and Offloading) que deve ser utilizado para exploração na região do PréSal. Produzido pela empresa local Máquinas Piratininga para o consórcio brasileirojaponês Schahin/Modec, o equipamento, quando estiver pronto, será encaminhado para São Sebastião, em São Paulo, onde a Schahin mantém um dos locais de operação mais próximos da área de reservas. Sediada em Jaboatão dos Guararapes, a Máquinas Piratininga fechou um acordo com o Complexo Industrial Portuário de Suape para utilização de uma área de dois hectares no Porto. O espaço é suficiente para a produção de pelo menos uma peça por ano. O módulo de 850 toneladas é uma espécie de subestrutura da plataforma. A peça já está sendo construída no galpão da empresa e será encaminhado a Suape em pequenas partes. Essa será a estreia da empresa no ramo offshore. O investimento é de R$ 6 milhões para construir o módulo. Com a aposta na área, a companhia prevê um crescimento de até 50% dos seus negócios. “É um segmento que está em franca expansão por causa do Pré-Sal”, concluiu o diretor acionista da Máquinas Piratininga, Pedro Rezaque. Segundo o gestor, as operações no Porto de Suape devem começar a partir de novembro deste ano, gerando cem postos de trabalho. “A previsão é que a peça fique pronta até 15 de fevereiro de 2015”, adiantou. Ainda de acordo com Rezaque, o primeiro módulo será destinado para o tratamento de água salgada. “Já estamos trabalhando para dar continuidade a outros três módulos com funções e dimensões diferentes. A construção demora de seis a 12 meses, a depender do tipo do equipamento”, completou. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni, destacou que a entrada de uma empresa pernambucana no ramo é um passo importante na estratégia de inserir os negócios locais na cadeia produtiva de petróleo e gás. “Em 2006 foi traçado um plano para inserir Pernambuco na estratégia naval offshore. É o resultado de um trabalho conjunto entre empresas e governo para que o Complexo de Suape se consolidasse como um espaço de Pernambuco para as empresas do Estado”, disse.

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