Negociação salarial ainda sem acordo

Após quatro rodadas de negociações com vistas à definição da convenção coletiva anual, o Simmepe e o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos ainda não chegaram a um acordo. Das 25 cláusulas discutidas, seis foram acordadas. Os principais entraves estão nos pontos relativos às reivindicações na área econômica.

Na questão da cesta básica, por exemplo, os trabalhadores estão reivindicando a extensão do benefício para toda a categoria, inclusive para as pequenas empresas, enquanto que o patronato rejeita esse pedido tendo em vista que a maioria das indústrias do setor não tem como bancar esse custo adicional. Quanto à questão salarial, a reivindicação dos trabalhadores para o reajuste do salário base passou de 15% para 12,5%, enquanto que a do Simmepe de 5,07% para 5,37%.

Os representantes das indústrias têm lembrado ao Sindicato do Trabalhadores que, nos últimos nove anos, a categoria já obteve ganhos reais de 30% a 50% para o piso, ao mesmo tempo em que não houve aumento na produtividade. Além disso, o setor enfrenta atualmente as consequências do processo recessivo verificado na economia do País, conforme vem sendo amplamente divulgado pela imprensa nacional. Esses fatos, vem deixando o setor em dificuldades e obrigando várias empresas a darem férias coletivas ou a reduzir seus quadros.

Os trabalhadores realizarão uma assembleia na noite desta sexta-feira para deliberar sobre o andamento das negociações.