Coalizão vai à CNI

O presidente da CNI, Deputado Armando Monteiro Neto, que já ocupou o cargo de presidente do Simmepe, recebeu nesta última terça-feira (05), em seu gabinete, em Brasília, representantes da Coalizão Empresarial Norte/Nordeste – segmento Eletro-Metal-Mecânico, tendo à frente o Presidente do Simmepe, Alexandre Valença.

Além de uma breve exposição sobre as razões que levaram à instalação da Coalizão, os empresários regionais apresentaram pedido formal para desenvolvimento de uma articulação político-empresarial. A ação visa solucionar o grave problema conjuntural do desabastecimento de aços-planos nas duas regiões e os constantes aumentos que as usinas siderúrgicas vêm impondo ao mercado. O presidente da CNI, que demonstrou amplo conhecimento sobre o assunto, prometeu estudar o caso e buscar caminhos para solucionar a questão.

Em documento entregue ao presidente da CNI, a Coalizão apresentou as seguintes sugestões:
a) promover negociações que levem à garantia do abastecimento interno;
b) envidar esforços, junto ao Governo Federal, com vistas à suspensão da obrigatoriedade da licença de importação;
c) a suspensão do Imposto de Importação, face, inclusive, a alta competitividade da indústria siderúrgica nacional.

Região Sul também enfrenta problema

O problema do desabastecimento de aços planos também vem sendo sentido pelas indústrias do Sul do País. Em matéria veiculada pelo UOL News, o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, revela que o desequilíbrio atingirá toda cadeia metal-mecânica do Rio Grande do Sul. "Existe demanda, mas não há aço para produzir porque as três usinas nacionais fornecedoras de aços planos estão dando prioridade ao mercado externo", comenta. O segundo efeito causado pela escassez de matérias-primas é o aumento abusivo dos insumos. Bier afirma que os fornecedores estão aumentando o preço internamente para poderem exportar. O aço teve uma elevação de 90% na região. "precisamos de uma reserva da matéria-prima para o mercado interno", defende.