Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

CNI alerta governo sobre a crise

O presidente CNI, deputado federal Armando Monteiro Neto, alertou, esta semana, os ministros Pedro Parente (Casa Civil) e Sérgio Amaral (Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior) sobre o grave problema do desabastecimento de aços-planos no Norte-Nordeste os constantes aumentos que as usinas siderúrgicas vêm impondo ao mercado. Segundo informou Armando Monteiro, os ministros prometeram examinar o caso e tomar providências adequadas. Essa ação está entre os resultados práticos da audiência dos representantes da Coalizão Empresarial Norte/Nordeste – segmento Eletro-Metal-Mecânico com o presidente da CNI, ocorrida no último dia 5 deste mês, em Brasília. Na ocasião os empresários apresentaram os problemas que estão prejudicando as indústrias das duas regiões.

Além dos contatos com os ministros, Armando Neto solicitou de outras federações que investigassem a situação nos seus respectivos estados e informassem de imediato à Confederação. A idéia é de reforçar politicamente o movimento através de uma mobilização geral. Em contato com o vice-presidente executivo do IBS – Instituto Brasileiro de Siderurgia, Marco Pólo, o presidente da CNI também expôs a difícil situação das regiões periféricas. O executivo prometeu analisar o caso e trabalhar junto às usinas no sentido de solucionar a crise, o mais rápido possível.

 

Produção industrial cresce em Pernambuco

A produção industrial no mês de setembro cresceu em nove das 12 regiões pesquisadas pelo IBGE, em relação ao mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e setembro, todos os locais, exceto a Bahia, intensificaram o ritmo das suas atividades. Alcançaram taxas expressivas de crescimento, em relação a setembro de 2001: Rio de Janeiro (13,5%), Pernambuco (12,9%), Rio Grande do Sul (10,3%), Espírito Santo (10,0%), Paraná (9,6%), Ceará (9,2%), Minas Gerais (7,3%) e região Sul (7,3%). A produção na região Nordeste (2,3%) também aumentou, porém menos que a média da indústria brasileira (5,6%).

Em setembro, a indústria de Pernambuco cresceu 12,9% em relação a igual mês do ano anterior e de 3,3% na comparação trimestral, enquanto os indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses registraram retrações de 4,5% e 3,5%, respectivamente. Na comparação setembro de 02/setembro de 01, onze dos quatorze segmentos pesquisados cresceram. A indústria química (40,7%) e a de produtos alimentares (14,9%) foram as principais influências positivas. A expressiva taxa alcançada pela química reflete, sobretudo, a base de comparação deprimida e o acréscimo na fabricação de fibras de poliester e de polibutadieno. Já resultado de produtos alimentares se deve ao começo do processamento da cana de açúcar nas usinas pernambucanas e, portanto, a incremento no beneficiamento de açúcar demerara e cristal estimulado pelo o câmbio desvalorizado e pela a alta do seus preços internacionais.