Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

CNI cria câmara para discutir desabastecimento do aço

Em reunião com os presidentes das siderúrgicas CSN, Usiminas, Cosipa e CST, os representantes da Coalizão Empresarial do Norte/Nordeste defenderam a eliminação do imposto de importação do aço, isto é, zerar a alíquota hoje vigente. Segundo o presidente da Coalização, Alexandre Valença, essa seria a alternativa para tentar atenuar os problemas que as indústrias da região vem enfrentando com o desabastecimento de aços no mercado doméstico e os abusivos aumentos de preços da matéria-prima. Os representantes das siderúrgicas presentes à reunião, realizada na quarta-feira (4), na sede da CNI em Brasília, mostraram-se frontalmente contrários ao pleito da Coalizão.

Para solução do impasse, o presidente da CNI, deputado federal Armando Monteiro Neto, propôs a criação de uma câmara para discussão das questões relativas ao segmento visando encontrar alternativas de consenso para o problema. O encaminhamento para o início dos trabalhos da câmara ficou acertado para os próximos 10 dias. O encontro com os representantes das siderúrgicas foi articulado pelo presidente da CNI a partir das reivindicações apresentadas à entidade pela Coalizão Empresarial. Na reunião, o presidente Alexandre Valença elogiou a agilidade e presteza com que a CNI mobilizou os diversos segmentos interessados para debater os problema que vem afetando seriamente as indústrias metal-mecânicas do País.

Reforçando o pleito do Norte e Nordeste, empresários gaúchos do mesmo segmento industrial, participaram do encontro na CNI, expondo e fechando politicamente com o Bloco da Coalizão Norte/Nordeste.

 

Previsão de retração em 2003

A previsão é de que haja queda na atividade do setor de máquinas e equipamentos no primeiro semestre de 2003. A retração prevista, estimada em 3% em comparação com o mesmo período deste ano, já reflete a desaceleração do ritmo das encomendas do setor. Em depoimento ao Jornal Folha de São Paulo, Luiz Carlos Delben Leite, presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), declarou que isso é conseqüência da elevação da taxa Selic para 22% no último dia 20, que fez a carteira de pedidos cair de 22 semanas para 16.