Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

CNI cria Câmara Setorial de Aços

O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, acatando a sugestão da Coalizão Empresarial do Segmento Eletro-Metal-Mecânico do Norte e Nordeste, forma a Câmara Setorial de Aços. Esse órgão, que vai funcionar no âmbito do Conselho Temático de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da entidade, tem como objetivo promover o intercâmbio de informações entre produtores e consumidores industriais desse segmento.

Com essa ação, a expectativa é de que a indústria nacional se antecipe às tendências de mercado e perspectivas de oferta e demanda dos produtos de cada setor. O novo órgão vai identificar também alternativas para maximizar o abastecimento do mercado interno e a utilização da capacidade de produção instalada dos produtores de aço. Além disso, a Câmara vai identificar iniciativas de interesse comum para o crescimento do setor.

 

Coalizão discute questões regionais

Na próxima sexta-feira (7), a Coalizão Empresarial do Segmento Eletro-Metal-Mecânico do Norte e Nordeste se reúne, na Federação das Indústrias de Alagoas, a fim de discutir a composição e formação da Câmara Setorial de Aços e as ações do novo Governo Federal quanto às questões regionais, principalmente em relação à reativação da Sudene e da Sudan. No encontro, também será debatido o problema do desabastecimento do aço que continua afetando as indústrias da região.


Recorde de aço não garante abastecimento

A produção nacional de aço bruto, em 2002, atingiu o recorde de 29,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,8% em relação ao ano anterior. Essa marca garantiu ao País o 8° lugar entre os maiores produtores mundiais, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), na última terça-feira (21). Segundo o Instituto, as vendas internas avançaram apenas 0,9% em relação a 2002, somando 15,8 milhões de toneladas, enquanto as exportações aumentaram 29,7%.

Para 2003, a previsão do IBS é de 5% no crescimento na produção, totalizando 31 milhões toneladas com elevação de 4% nas vendas internas. Para as vendas externas, o IBS estima um acréscimo de 6%. Isso significa que cerca de 12,7 milhões de toneladas irão abastecer o mercado externo em detrimento às necessidades da indústria nacional.