Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Consumidores de aço pressionam Governo

A Coalizão Empresarial do Segmento Eletro-metal-mecânico do Norte-Nordeste está atenta ao movimento de reajustes nos preços do aço que vem sendo praticados pelas siderúrgicas. Segundo o presidente da Coalizão, Alexandre Valença, também presidente do Simmepe e Secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, as pequenas e médias empresas, por terem menor poder de fogo, são as maiores prejudicadas com os aumentos. A Coalizão está apoiando o grupo de maiores consumidores de aço do país que estão pressionando o governo federal por uma solução para os constantes aumentos de preço do insumo.

Na semana passada, dez entidades representativas de setores industriais enviaram novo documento ao governo no qual alertam sobre o impacto dos novos aumentos do aço, em média de 12% desde janeiro, nos custos de produção e nos preços finais de bens de consumo. Os preços do insumo já acumulam alta de 75% nos últimos 24 meses.

Assinam o documento a Anfavea, Abinee, Abimaq, Eletros, Sindipeças, Sindiforja e Sindicatos de Laminação e Trefilação, de Artefatos de Ferro, de Refrigeração e de Parafusos. No documento, as entidades reiteram a necessidade de dar prioridade ao abastecimento interno. "Não podemos concordar com que a expansão das exportações e a conseqüente internacionalização dos preços internos do insumo levem ao comprometimento da competitividade da cadeia produtiva dos setores consumidores de aço", concluem as entidades no documento.
   
     

Divergências nos índices de desemprego

O nível de emprego formal no país cresceu 2,89% em 2003. Segundo o Ministério do Trabalho, o balanço das demissões e contratações de 2003 resultou num saldo positivo de 645.433 novos postos de trabalho no país. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), que não mede o nível de emprego informal, ou seja, sem carteira assinada.

Outras pesquisas que medem o emprego informal registraram o avanço do desemprego no país. Para o IBGE, por exemplo, a taxa média de desemprego de 2003 no país foi de 12,3%, maior que a taxa medida em dezembro de 2002, de 10,5%.

Para a Fundação Seade/Dieese, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo ficou em 19,9%. Foi a maior taxa de desemprego já medida para a região desde 1985, quando a pesquisa foi iniciada.