Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Pernambuco

Especialistas preveem dificuldades para setor siderúrgico

O excesso de capacidade ociosa e a crescente importação de aço chinês por países latino-americanos trarão nuvens negras ao setor siderúrgico da região em curto e médio prazo, pelo menos na opinião de alguns especialistas reunidos no 24º Congresso Brasileiro do Aço que começou nesta quarta-feira no Rio de Janeiro. “O excesso de produção no mundo está levando a região a importar cada vez mais produtos siderúrgicos, principalmente da China, e em muitos casos subsidiados, o que provoca desindustrialização e desemprego no setor na América Latina”, alertou o presidente do grupo siderúrgico argentino Ternium, Daniel Novegil. Segundo um estudo encomendado pela Ternium, as importações latino-americanas de aço chinês aumentaram 18 vezes nos últimos oito anos. A entrada de produtos siderúrgicos chineses na América Latina foi tão agressiva que, no caso da Venezuela, representam 81% das importações do setor, 64% das chilenas, 41% das peruanas e 29% das brasileiras. O Brasil imp ortou no ano passado cerca de 1,1 milhões de toneladas de aço da China, segundo os dados do estudo da Ternium. Fonte: Exame