Queda do dólar prejudica setor metal-mecânico

“A grita é geral. A queda do dólar não está afetando apenas o setor metal-mecânico. A situação está ficando impraticável”, lamenta o vice-presidente do Simmepe, Sebastião Pontes. A reclamação é motivada pelo anúncio de fechamento da LP Displays do Brasil, antiga LG Philips, feito no último dia quatro de junho. A indústria fechará até agosto as quatro fábricas que produzem tubos de imagem (cinescópios) para televisores e vai demitir 2.200 trabalhadores. Uma das unidades é a de Recife, situada no Curado.
A LP é líder mundial em venda de cinescópios para televisores e monitores de computador e dividia no Brasil a fabricação do produto com a Samsung SDI. Para a empresa, à valorização do real frente ao dólar, somada à queda nos preços internacionais e à redução nas vendas de televisores menores (de 14 e 20 polegadas) foram "desastrosas" para os resultados da LP Displays. Somente a fábrica de Manaus (AM) continuará produzindo tubos de imagem para televisores 29 polegadas. Na opinião do vice-presidente do Simmepe, o contexto desfavorável deve-se principalmente à queda do câmbio, mas envolve outras questões, como a concorrência com produtos chineses e a alta carga tributária praticada no Brasil.
   
     

Simmepe promove seminário Sobre o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário

Para esclarecer e orientar as empresas associadas sobre as novas normas, procedimentos e rotinas, referentes ao Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NETP), é que o Simmepe está promovendo um seminário sobre o assunto. Será no próximo dia 20 de junho, entre 16h e 18h, na sede do sindicato. Especialistas no assunto foram convidados para conduzir as apresentações e técnicos na área trabalhista vão atuar como debatedores.
O Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP) para as relações de trabalho foi implementado pela Medida Provisória-316, e altera o foco do atendimento, por parte da Previdência Social, do nível individual para o coletivo. O ônus da prova da causa dos acidentes e doenças deixa de ser do trabalhador e passa a ser do empregador. Esta sistemática relacionará as doenças ou acidentes a uma determinada atividade de produção. Deste modo, quando um trabalhador contrair uma enfermidade estatisticamente relacionada a uma atividade profissional, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) deverá lhe conceder automaticamente o benefício por acidente de trabalho.