O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco (Simmepe) e a Associação Brasileira de Indústria de Máquinas (Abimaq) realizaram, na última sexta-feira, 30, o Workshop “Alternativas para financiamento de empresas”, com o objetivo de apresentar a atualização dos produtos e condições dos programas de financiamentos voltados para a fabricação e comercialização nos mais diversos setores.
Em nome do Simmepe e da Abimaq, Mirella Santos, gestora de projetos e de relacionamento do Simmepe, agradeceu a presença dos participantes e destacou que as instituições estão de portas abertas para receber os associados.
Iniciando a manhã de palestras, Gisele Resende, gerente do departamento de financiamento da Abimaq, destacou que a instituição também atua como posto de informação sobre financiamentos para os associados. “Dessa forma, levamos informações sobre linhas de financiamento em geral, para aquisição de máquinas e equipamentos, projetos de inovação, projetos de implantação e também modernização de empresas”, disse Gisele.
Em seguida, Francisco Jaildo, gerente do Banco do Nordeste (BNB), apresentou as facilidades de financiamentos para os empresários pernambucanos. Com o lema: “Quando sua empresa acelera, o Nordeste avança”, Francisco explicou que o BNB atua em todos os seguimentos da atividade econômica, com prazo de financiamento variando de 36 meses a 20 anos. Com relação a carência, Francisco conta que está diretamente relacionada a finalidade do crédito e que normalmente varia de 3 meses a 4 anos.
O gerente também explica que o BNB financia toda e qualquer necessidade para o desenvolvimento de uma atividade econômica. A taxa de juros pode variar de acordo com a cidade em que está localizada a empresa e o porte empresarial, de 1% a 2% ao ano.
Francisco destacou as vantagens do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), instrumento de política pública federal operado pelo BNB que objetiva contribuir para o desenvolvimento econômico e social da Região, através da execução de programas de financiamento aos setores produtivos. “É possível financiar investimentos de longo prazo e, complementarmente, capital de giro ou custeio. Além dos setores agropecuário, industrial e agroindustrial, também são contemplados com financiamentos os setores de turismo, comércio, serviços, cultural e infraestrutura”, definiu Francisco.
“Desde 2017, o FNE passou a ter o benefício do coeficiente de desequilíbrio regional que dá um redutor na taxa de juros. Hoje é 38% mais barato que os demais créditos do sistema financeiro. Além dos prazos e garantias, que são bem convidativas de operar com o BNB”, destacou Francisco.
Seguindo a programação, José Cláudio, gerente de operações especiais da Agência de Fomento do Estado de Pernambuco (Agefepe), destacou que o sistema da Agência funciona muito semelhante ao banco, só que sem conta corrente.
“Trabalhamos com operações de crédito. O empresário pega o empréstimo e paga direto no banco, é muito simples. Além disso, prezamos pela celeridade, talvez esse seja nosso grande diferencial, pois sabemos que quando o empresário vai à busca do crédito, ele tem pressa”, disse José Cláudio.
O representante da Agefepe explica que todos os tipos empresariais podem solicitar o crédito, podendo variar de R$15 mil a R$3 milhões. O tempo para a quitação do financiamento varia de 36 meses a 48 meses, tendo taxa de juros fixada em 1.20 %.
Já Carlos Eduardo Champlony, palestrante representante do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), destacou a importância do crédito para o crescimento das empresas. “Trabalhamos com a certeza que a classe empresarial precisa gerar ganhos de produtividade, sustentabilidade e solidez. O BNDES concede o crédito diretamente para financiamentos acima de R$10 milhões e também trabalha de forma indireta atuando através dos principais bancos do país. Em operações diretas, a média para quitação de financiamentos é de 34 anos”, destacou Champlony.
Para finalizar a manhã de palestras, Roberto de Abreu e Lima, presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), contou que apesar da economia ainda não ter deslanchado, as projeções econômicas dizem que essa realidade está mais próxima. “Sabendo disso, muitos empresários estão nos procurando. Eles estão tirando os projetos da gaveta e investindo no Estado”, disse Lima.
“A AD Diper é responsável pela concessão de incentivos fiscais no âmbito do Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco (Prodepe). O Programa compreende um conjunto de incentivos fiscais direcionados para setores da atividade econômica, entre os quais se destacam: industrial, central de distribuição e importador atacadista”, afirmou.
“Fiquei muita satisfeito em ter vindo. Impressionante a qualidade dos palestrantes”, disse Marco Antônio Freitas, consultor de empresas, incluindo empresas da área sistêmica da Jeep. Já Bergson Farias, representante da MoveBrasil, conta que ficou encantado com a organização do encontro e o conteúdo repassado pelos palestrantes.