Gigante do aço investe quase US$ 1 bilhão em Santa Catarina em 20 anos

Unidade da gigante mundial do aço em São Francisco do Sul, Norte de Santa Catarina, a ArcelorMittal Vega soma investimentos de quase US$ 1 bilhão em 20 anos e chega a 19 anos de atividades. São US$ 920 milhões em três etapas, das quais a última, de US$ 350 milhões está em plena execução e vai dobrar a capacidade produtiva. Em reais na cotação de hoje, são investimentos totalizam R$ 4,94 bilhões.

Este é um dos dados do estudo “A ArcelorMittal Vega em Santa Catarina” realizado por pesquisadores da Universidade da Região de Joinville (Univille), que focou a influência positiva da companhia no desenvolvimento regional nas áreas econômica, social e ambiental.

A partir de um investimento no Brasil do então grupo francês Arcelor, o projeto começou a ser instalado em 2001, iniciou operações em julho de 2003. O plano foi fornecer aços planos em forma de bobinas decapadas, laminados a frio e revestidas por imersão a quente para as indústrias automotiva, de eletrodomésticos e construção civil.

A capacidade produtiva atual é de 1,6 milhão de toneladas/ano e, com o novo investimento de US$ 350 milhões, passará para 2,2 milhões de toneladas. Com processo produtivo inovador que combina galvanização e recozimento contínuo, a empresa produzirá também o Magnelis, uma inovação dela que será feito pela primeira vez nas américas.

A unidade, intensiva em capital, começou atividades com mais de 300 postos de trabalho diretos e, em 2020 contava com 630. Do início até o final de 2020, a produção chegou a 20 milhões de toneladas.

Dos novos trabalhadores contratados em 2020, 90% foram moradores locais, incluindo mulheres que passaram a atuar nas linhas de produção. Antes, elas participaram do curso de formação da empresa, denominado Programa Sustentabilidade Técnica.

Segundo o estudo, a empresa também impulsionou uma cadeia de fornecedores e garantiu movimento diferenciado ao Porto de São Francisco. Além disso, tem mantido investimento médio de R$ 1 milhão por ano na comunidade local. Nesse período, destinou R$ 21 milhões para investimentos sociais, dos quais R$ 7,1 milhões foram para educação e R$ 5,8 milhões para saúde.

Outro ponto alto da Vega é a preservação ambiental. A empresa tem certificação ISSO 14001 e conta com Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), criada em 2002 com possui 760 mil metros quadrados de mata atlântica preservada.

O estudo foi coordenado pelos professores pesquisadores da Univille, Daniel Westrupp, Jaidette Farias Klug, Ademir José Demetrio, Eliane Maria Martins, Dênio Murilo de Aguiar e Fernando Luiz Andrade Bahiense.

– Para nós, o Estudo é também uma referência para que possamos continuar a atuar positivamente pelo desenvolvimento regional. Com base em seus dados e conclusões, poderemos dar andamento à nossa trajetória, buscando ampliar nossas interações e contribuições, sobretudo para a comunidade local, que nos acolheu e participa ativamente de nossa trajetória – afirma Sandro Sambaqui, gerente geral da ArcelorMittal Vega.

De acordo com o professor Fernando Luiz Andrade Bahiense, o estudo mostrou que quanto mais a companhia cresce, mais gera influência positiva no mercado, aumentando a geração de empregos, de renda, arrecadação de impostos e elevação do Produto Interno Bruto (PIB) do município e do Estado.

Fonte: NSC Total