Colocar o Brasil no rumo da competitividade. Esse é o principal objetivo do movimento que a Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos vem divulgando junto às autoridades empresarias e políticas dos estados brasileiros. Para isso, a estratégia da entidade é procurar unir forças no intuito de cobrar do governo medidas emergenciais para incentivar a produção nacional e gerar empregos, além de combater o grave processo de desindustrialização enfrentado pelo País.
Na última terça-feira o movimento chegou ao Recife, onde a Abimaq reuniu, no JCPM Trade Center, lideranças de Pernambuco para debater as propostas da entidade. Falando aos presentes, o vice-presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, destacou os problemas que afetam a competitividade da indústria nacional, como a invasão de importados, o câmbio valorizado, os juros altos e a alta carga tributária. Além disso ele, fez um alerta de que nem tudo vai bem no Brasil como aparenta. “A macroeconomia realmente vai bem e, na superfície, tudo parece sob controle. Mas, a verdade é que a indústria de transformação brasileira passa por um processo de estagnação que pode ser irreversível. Precisamos abrir mão de medidas paliativas e colocar a indústria como uma questão central no processo de desenvolvimento", afirmou.
Pastoriza ressaltou que, atualmente, a Abimaq coloca como principal prioridade a defesa da Reforma Política. Segundo ele, a estrutura atual, com 34 partidos e 39 ministérios, torna o país ingovernável. Outra prioridade igualmente importante é a Reforma Tributária. Além disso, a entidade defende medidas emergenciais para a retomada da industrialização nacional. Entre elas estão a redução da taxa básica de juros, redução do spread, além de medidas urgentes para atenuar a sobrevalorização cambial. A entidade defende ainda ações para estimular o investimento produtivo como promotor do crescimento econômico.
Representado o Simmepe, estiveram presentes ao evento o presidente do sindicato e diretor regional da Abimaq, Sebastião Pontes; os vice-presidentes do Simmepe, Alexandre Valença e João Sandoval, além dos diretores Mário Conte e Miguel Medeiros. Também participaram do evento o senador Armando Monteiro Neto; o presidente da Fiepe e deputado federal, Jorge Corte Real; o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes, os deputados federais José Chaves e Pedro Eugênio e o ex-governador pelo Rio Grande do Sul e diretor de assuntos políticos da Abimaq, Germano Rigoto.